Jovem esmagado por ponto de ônibus em Aparecida será enterrado às 17h, no cemitério municipal Jardim da Esperança
informação foi confirmada pelo vereador Leandro da Pamonharia, que desde o ano passado denunciava e pedia a remoção do ponto de ônibus no setor Jardim das Cascatas, onde houve o acidente
O velório de Wellington Oliveira, de 27 anos, que morreu esmagado por um ponto de ônibus, em Aparecida de Goiânia, na quarta-feira (8), acontece até às 16h, no setor Independência Mansões. O corpo do rapaz do rapaz, então, seguirá para o cemitério municipal Jardim da Esperança, no município, onde tem previsão de enterro às 17h.
A informação foi confirmada pelo vereador Leandro da Pamonharia, que desde o ano passado denunciava e pedia a remoção do ponto de ônibus no setor Jardim das Cascatas, onde houve o acidente. Ele revela que, assim que soube do ocorrido, colocou um assessor por conta de assistir a família de Wellington. “Eu mesmo estive com a família, há pouco, no velório. A Câmara está dando suporte.”
O Mais Goiás questionou a prefeitura de Aparecida sobre apoio. Segundo informado por nota, a vítima era funcionário de empresa prestadora de serviços de reforma das escolas municipais, e toda assistência à família foi prestada por meio da empresa no qual o Wellington trabalhava. De acordo com a família, não houve contato direto da administração municipal.
Tragédia
A estrutura de um ponto de ônibus no Jardim das Cascatas, em Aparecida de Goiânia, desabou sobre Wellington Oliveira, um prestador de serviço da prefeitura. O acidente aconteceu na manhã de quarta-feira.
Segundo informações, o homem, funcionário de uma empresa de engenharia que presta serviço para a prefeitura da cidade, iria tomar café com amigos quando foi atingido pelo teto do ponto. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi ao local e confirmou a morte. “Foi realizado o içamento da estrutura e retirada do corpo, que foi levado pelo Instituto Médico Legal (IML)”, informou ao portal. A corporação não deu detalhes sobre os ferimentos causados pelo acidente.
De acordo com populares, a estrutura do ponto já estava em risco e ofícios foram enviados à prefeitura. Inclusive, o vereador Leandro da Pamonharia enviou, pelo menos, dois desses documentos. “Uma tragédia anunciada”, disse o parlamentar ao Mais Goiás. “A prefeitura me deixou sem resposta. A comunidade, os moradores cobrando… Esse ano fiz mais um ofício, infelizmente não atenderam”, completou e afirmou que, ainda hoje, irá ao local.
Destaca-se, o primeiro ofício de Leandro, datado de abril de 2022, pedia que a prefeitura enviasse “uma equipe competente para realizar um serviço de remoção de um ponto de ônibus (…). Segundo os moradores da região, o mesmo está muito ruim, desmontando, podendo, assim, causar até um acidente”.
Responsabilidade
Ainda no dia do acidente, a prefeitura de Aparecida afirmou que “o sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade e operado pelo Consórcio Rede Mob sob fiscalização da CMTC”. Disse, ainda, que o este tipo de abrigo de concreto não foi instalado pela administração municipal.
A CMTC, por sua vez, respondeu que a manutenção, realocação e instalação dos pontos de ônibus são de responsabilidade das prefeituras. “Cabe à CMTC, como órgão gestor, planejar a marcação de pontos e coordenar a instalação desses equipamentos, em atendimento à Política Nacional de Mobilidade Urbana. A CMTC iniciou avaliação minuciosa de todos os abrigos da Região Metropolitana para cobrar e ajudar as prefeituras a solucionar os problemas estruturais dos equipamentos.”
A Companhia, inclusive, enviou um documento ao portal, no qual consta a assinatura do ex-prefeito Gustavo Mendanha, que era presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), que estabelece aos municípios da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) a responsabilidade “por promover a manutenção, realocação ou instalação de abrigos, quando necessário, nos pontos de parada existentes em seus limites territoriais”. O texto é de janeiro de 2018.
Em nova posição, nesta quinta-feira (9), a prefeitura de Aparecida expôs que a Procuradoria-Geral do Municípios propôs à CMTC, em reunião no mês de janeiro desde ano, “que a responsabilidade pelos abrigos ficasse com o Consórcio RedeMob, que opera e explora o sistema de transporte coletivo urbano na Região Metropolitana de Goiânia”.
A Polícia Civil irá ouvir testemunhas do esmagamento do jovem nesta sexta-feira (10). Representantes da CMTC e da prefeitura de Goiânia também serão intimados. O intuito é verificar de quem era a responsabilidade pela manutenção da estrutura.