Continua preso

Justiça mantém prisão temporária de Wanderson Mota

A Justiça manteve a prisão temporária de Wanderson Mota Protácio, o caseiro que confessou um…

Defensoria Pública pede à DGAP informações sobre morte de Wanderson
Defensoria Pública pede à DGAP informações sobre morte de Wanderson (Foto: Polícia Civil)

A Justiça manteve a prisão temporária de Wanderson Mota Protácio, o caseiro que confessou um triplo homicídio em Corumbá de Goiás. Na ocasião, ele matou a mulher dele, Raniere Aranha Figueiro, que estava grávida de 4 meses, a enteada, Geysa Aranha Da Silva Rocha de 1 ano e 8 meses, e um fazendeiro, Roberto Clemente De Matos.

A manutenção da prisão atendeu a uma solicitação do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que já tem toda a documentação referente ao caso. A justiça também negou o pedido de transferência de Wanderson para a unidade prisional de Corumbá.

Durante a audiência de custódia, o suspeito informou que não sofreu qualquer caso de maus-tratos na prisão. Entretanto, ele disse que recebeu ameaça de outros presos, apesar de estar em cela separada. Com relação a isso, a justiça irá solicitar à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) que tome as providências necessárias para garantir a segurança do caseiro, que está detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

Segundo o Tribunal de Justiça (TJ-GO), a defesa de Wanderson deverá ser feita por um defensor público, já que ele não tem condições de arcar com um advogado particular. Todos os processos têm corrido sem atrasos e o caso só ainda não foi julgado pois precisa passar por alguns processos de distribuição.

O fim da caçada de Wanderson Mota

Wanderson se entregou à polícia depois de uma caçada que durou 6 dias. Nesse período, ele saiu de Corumbá de Goiás, onde matou três pessoas e tentou matar e estuprar uma quarta vítima, antes de roubar um carro e fugir para a região de Abadiânia.

Crimes aconteceram no domingo (28/11). O suspeito se entregou no sexto dia de caçada, neste sábado (4), após invadir uma propriedade rural e ser convencido pela proprietária a encerrar a fuga. À reportagem a mulher, identificada como Cinda Mara, afirmou que teve a propriedade invadida pelo suspeito por volta das 6h30, depois que o marido saiu para buscar leite.

“A janela do meu quarto estava aberta, ele bateu no vidro com o revólver e disse que ia me matar. Reagi com muita frieza, falei pra ele ficar calmo. ‘Você não vai fazer isso’, respondi. Depois, ele deixou eu me trocar, estava de pijamas, e pediu pra eu fazer café pra ele. Fiz. Ele estava muito nervoso e ficava repetindo que me mataria, mas consegui acalmá-lo (sic)”. revelou Cinda, ao Mais Goiás.

Segundo o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, Wanderson “não demonstra arrependimento” de ter matado a companheira e a enteada em Corumbá de Goiás. “Trata (o assunto) com frieza, assim como em outros crimes que cometeu”, afirma.