Economia

Logística segura economia de Aparecida em meio à pandemia

Somente em 2021 foram criadas 3,5 mil empresas entre micro, pequenas e empreendedores individuais (MEIs)…

Polo de Serviços em Aparecida (Foto: Arquivo/Secom)
Quatro das cinco atividades de serviços têm alta em agosto ante julho, diz IBGE (Foto: Arquivo/Secom)

Somente em 2021 foram criadas 3,5 mil empresas entre micro, pequenas e empreendedores individuais (MEIs) em Aparecida. A economia do município teve um saldo positivo de 2.450 empregos de carteira assinada entre janeiro e fevereiro deste ano. Em meio à crise causada pela pandemia, Aparecida mostra crescimento em relação a 2019 e 2020 puxado pelo setor de Serviços, especialmente pelos polos de distribuição da cidade, principal serviço de logística oferecido no município.

Entre janeiro e fevereiro deste ano 7.953 perderam o emprego de carteira assinada em Aparecida de Goiânia. Em contrapartida, houve 10.393 contratações no mesmo período e foram criadas 3.486 empresas entre micro, pequenas e microempreendedores individuais (MEIs) no município. Os dados de criação de empresas foram solicitados pelo Mais Goiás à Secretaria da Fazenda de Aparecida.

O saldo positivo na criação de empregos dos dois primeiros meses de 2021 mostra crescimento em relação ao mesmo período dos dois anos anteriores e supera o saldo de criação de empregos dos 12 meses do último ano, de 1924 empregos de carteira assinada. Os dados foram levantados pelo Mais Goiás por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Serviços

O economista, mestre em desenvolvimento regional e coordenador de pesquisas da Unialfa, Aurélio Trancoso afirma que o crescimento econômico de Aparecida em meio à pandemia se deve ao setor de Serviços do município, principalmente aos centros de distribuição da cidade. “O setor de Serviços é que mais gera emprego no Brasil e muitos desligamentos do município foram convertidos em empresas que geraram outros empregos de carteira assinada”, explica o economista.

Aurélio esclarece que a pandemia da Covid-19 fez com que alguns setores crescessem, enquanto outros estagnassem. “O setor de alimentos e bebidas, por exemplo cresceu porque as pessoas passaram a se alimentar mais em casa. O crescimento desse setor impulsiona o segmento de serviços de distribuição onde tem forte atuação em Aparecida”.

O pesquisador ainda afirma que o setor de medicamentos também teve crescimento e o município goiano reúne os principais centros de distribuição para o segmento do país. Ainda de acordo com Aurélio, a localização geográfica no centro do país, que permite escoamento da produção para diversas regiões do Brasil e os incentivos da Administração Municipal para instalação de polos industriais e de serviços são características que favorecem o segmento de logística na cidade.

O secretário da fazenda do município, André Luís Rosa, defende que os saldos positivos em criação de empregos e crescimento econômico de Aparecida é resultado de incentivos quem vêm desde a gestão do ex-prefeito Maguito Vilela. “Temos um crescimento histórico das nossas empresas e de empregabilidade do município, pois criou-se um relacionamento de parceria que atrai o empresariado”, defende.

Tributação

Outro fator de criação de novas empresas no município é a divisão de grandes companhias em empresas menores como estratégia de ter uma oneração menor em tributos. O presidente da Associação Goiana da Micro e Pequena Empresa de Aparecida de Goiânia (AGPE), Lívio Queiroz, explica que grandes empresários que sofrem com as tributações do estado sobre o lucro total usam dessa estratégia. “O grande empresário prefere sair da categoria do Simples Nacional e dividir sua empresa em categorias menores para não pagar as taxas abusivas dos impostos do Estado”, declara.