Pesquisa

Ônibus lotados é um dos principais problemas do transporte coletivo em Goiânia, aponta pesquisa

Segurança na viagem, lotação dos veículos e confortos são os itens pior avaliados pelos usuários…

Segurança na viagem, lotação dos veículos e confortos são os itens pior avaliados pelos usuários do transporte coletivo de Goiânia. O dado faz parte de uma pesquisa realizada em uma parceria entre o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Procon Goiânia.

De acordo com o levantamento, os itens mais bem avaliados foram o uso do cartão de embarque, a distância de caminhada até o ponto de embarque e a qualidade dos aplicativos e sites. A pesquisa apontou que, de modo geral, os usuários do transporte avaliam o serviço prestado como regular.

Entretanto, a conclusão do levantamento destacou que a percepção dos usuários sozinha não configura uma avaliação total do sistema. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (3) durante o seminário Mobilidade Urbana: Acessibilidade, Gestão Urbana e Política Tarifária.

O vice-coordenador do curso de graduação em Engenharia de Transportes da UFG e coordenador da pesquisa, professor Willer Luciano Carvalho, enfatizou que o objetivo da pesquisa foi a de aferir a percepção do usuário sobre o transporte coletivo da região metropolitana e não fazer uma avaliação mais ampla sobre a qualidade desse serviço, o que é mais complexo e envolveria outros indicadores.

Conclusões

De qualquer forma, explicou o professor, os resultados obtidos mostraram bastante homogeneidade, sem variações de impacto na maior parte dos quesitos. Ao comentar o trabalho realizado, Willer Luciano destacou a relevância da pesquisa, pontuando que ela traz subsídios que podem contribuir para o planejamento da área e para a adoção de ações efetivas em busca da melhoria da percepção do usuário.

Segundo observou o especialista, a partir dos dados levantados é possível definir medidas para o enfrentamento mais direto dos aspectos apontados como falhos pela própria população. Mas ponderou que esse é apenas o primeiro passo de um trabalho mais amplo de avaliação, que deverá envolver outros indicadores.

Ainda sobre a importância da pesquisa, a promotora Alessandra de Melo Silva, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MPGO, ao responder a questionamentos, garantiu que o levantamento será uma ferramenta de grande utilidade para orientar o trabalho do Ministério Público e que, inclusive, há perspectiva de mudança de enfoque na atuação em relação ao tema, a partir do que foi mostrado no estudo.