ENQUETE

Maioria dos prefeitos concorda com lei seca a partir das 22h em Goiás

A maioria dos prefeitos que participou do encontro para debater o agravamento da pandemia da…

Por unanimidade, prefeitos concordam com lei seca a partir das 22h em Goiás
Por unanimidade, prefeitos concordam com lei seca a partir das 22h em Goiás

A maioria dos prefeitos que participou do encontro para debater o agravamento da pandemia da Covid-19 com o governador Ronaldo Caiado (DEM) concordou com a sugestão do governo do Estado de decretar lei seca em bares, restaurantes e similares de Goiás, a partir das 22h. Encontro virtual realizado na tarde de segunda-feira (25) com o chefe do Executivo Estadual reuniu 141 prefeitos. Deste número, 125 foram favoráveis à proposta. Novo decreto, com as condições previstas para cada tipo de estabelecimento, deverá ser publicado nesta noite.

Na reunião, o governador lembrou, entretanto, que cabe aos prefeitos – e não a ele – assinar decretos com este teor. “Quem dá alvará de funcionamento são as prefeituras”, disse Caiado. “O que for deliberado pela maioria é o que vou acolher.”

Acordaram as prefeituras das seguintes cidades: Formosa, Goiânia, Aparecida, Luziânia, Anápolis, Santa Helena de Goiás, São Luiz dos Montes Belos, Porangatu, Itumbiara, Minaçu, Abadiânia e outras. Durante a reunião, foi feita uma enquete com os gestores que, dentre outras coisas, pediram suporte da Polícia Militar (PM) na fiscalização.

“Não tenho a presença física 24h nas 246 cidades da PM. Mas vou determinar ao meu secretário de Segurança Pública e ajuda ao Ministério Público (MP-GO) para realizar a fiscalização”, se comprometeu o gestor estadual.

Fecomércio

Também presente no evento, Marcelo Baiocchi, presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), reconheceu a gravidade da situação. “O maior problema que podemos enfrentar é o cidadão não ter atendimento médico devido”, ressaltou.

Contudo, ele fez ressalvas. “Então, representando os bares e restaurantes, já tendo conversado com o segmento, entendemos que a lei seca, neste primeiro momento, poderia auxiliar no combate da pandemia. Porém, gostaria que aumentassem os leitos de UTI e, quando a pandemia for diminuindo, que ela seja reduzida, normalizando, aos poucos, o horário de funcionamento”, pediu.

“População tem que entender”, diz Fecomércio sobre proposta de lei seca em Goiás

Saúde

Na ocasião, o gestor do Estado também tratou sobre as cidades que não tinham mais vagas de UTI pública. São elas: Porangatu, Formosa, Itumbiara e Luziânia. De acordo com Caiado, Anápolis, Rio Verde, Aparecida e Goiânia estão aptas a receberem pacientes desses municípios. “São as únicas quatro cidades com UTIs públicas que ainda tem vaga”, reforçou.

No começo do encontro, secretário de Estado de Saúde, Ismael Alexandrino, disse que, desde 1º de janeiro, a taxa de ocupação de leitos de UTI tem crescido 1% dia.

Segundo ele, atualmente, a ocupação de leitos de UTI é de 75% no Estado, enquanto a enfermaria é de 50%. Apesar disso, Ismael afirma que é possível, ainda, expandir e criar leitos no Estado e no Hospital das Clínicas.

“Contudo, essa capacidade de expansão é limitada. Do ponto de vista de estrutura física, equipamento e pessoal.” Desta forma, ele alerta que o cenário atual é de curva crescente.

Tanto Ismael, quanto o governador reforçaram que não há, neste momento, debate sobre lockdown.

Leia mais:

UFG diz que trabalha para “amenizar sofrimento” de pacientes com covid-19