ASTRAZENECA

Mais de 2,1 mil grávidas vão esperar fim da gestação para reforço contra Covid em Goiás

Mais de 2,1 mil grávidas deverão esperar o fim da gestação para tomar a segunda…

Ministério da Saúde autoriza uso da Pfizer para 2ª dose de grávidas que tomaram Astrazeneca A Saúde de Goiás tem orientado que grávidas e puérperas sigam uma série de cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus. (Foto: Jucimar de Sousa)
Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás

Mais de 2,1 mil grávidas deverão esperar o fim da gestação para tomar a segunda dose da vacina contra Covid-19 da fabricante AstraZeneca, em Goiás. Segundo a Secretaria da Saúde (SES-GO), o reforço com o imunizante só deve ocorrer 45 dias após o parto, ou seja, depois do período de puerpério. A medida foi anunciada na quinta-feira (20), após determinação do Ministério da Saúde (MS)

Ao todo, 2.108 gestantes e 965 puérperas receberam a primeira dose do imunizante no estado. Porém, a vacinação deste grupo prioritário com a AstraZeneca foi interrompida no dia 10 de maio, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após a morte de uma grávida que tomou a vacina no Rio de Janeiro. Desde então, o MS investiga a possível relação do óbito com o imunizante.

À época, a Anvisa emitiu nota técnica para recomendar a suspensão imediata do uso da vacina em mulheres gestantes. A orientação foi para que a indicação da bula da AstraZeneca seja seguida. Nela, não consta o uso em grávidas.

Na última quinta-feira (20), o Ministério da Saúde emitiu recomendação para que grávidas e puérperas – incluindo as sem fatores de risco adicionais – só tomem o reforço do imunizante 45 dias após o parto. Aquelas que tomaram as vacinas Coronavac e Pfizer podem receber a segunda dose normalmente, obedecendo o cronograma vacinal de cada pessoa.

O órgão orienta, também, para que, mulheres do já mencionado grupo que tomaram a primeira dose da AstraZeneca e sentiram algum desconforto, procurem atendimento médico.

Os sintomas que merecem atenção entre 4 e 28 dias depois da imunização são: falta de ar; dor no peito; inchaço na perna; dor abdominal persistente; sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade, dificuldade na fala ou sonolência e pequenas manchas avermelhadas na pele além do local em que foi aplicada a vacina.

O Mais Goiás procurou a Secretaria da Saúde para saber se o processo de imunização fica prejudicado diante do longo intervalo e aguarda retorno.