Goiás

Ex-comandante-geral da PM é preso por peculato

O ex-comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, Carlos Antônio Elias, está preso no Núcleo de…

O ex-comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, Carlos Antônio Elias, está preso no Núcleo de Custódia da Polícia Militar, no Comando da Academia da Polícia Militar desde terça-feira (19). Ele foi recolhido após a Vara da Justiça Militar determinar, no último dia 4 de setembro, o cumprimento provisório da pena de seis anos, determinada em julgamento realizado em 1º de dezembro de 2015, pelo Juiz Gustavo Assis Garcia.

Carlos Antônio Elias foi denunciado por peculato, conforme o Código Penal Militar. De acordo com o relatório, assinado pelo desembargador Ivo Favaro, em 2010, quando era Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás, Carlos Elias, em razão do cargo, desviou contingente policial remunerado com verbas públicas e viaturas, em proveito próprio e de terceiro. Outras pessoas também foram denunciadas por terem inserido declaração falsa em documento público, como cúmplices do crime.

Ainda segundo o relatório, um policial militar denunciou que Carlos Elias utilizava PMs e viaturas da corporação para condução a suposta amante até o Estado de São Paulo para compras diversas. No dia 5 de julho, um dos policiais teria ido para São Paulo com a mulher em uma viatura descaracterizada.

O documento aponta que, na cidade de Embu, eles pararam em um banco para sacar R$ 10 mil, quando foram vítimas de uma tentativa de assalto. Após luta corporal, o policial militar levou um tiro e morreu. Para tentar encobrir o real motivo do policial assassinado em São Paulo, documentos teriam sido falsificados, diz o processo.

A defesa do ex-comandante-geral recorreu diversas vezes, inclusive impetrou Habeas Corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido foi negado e o ministro Rogério Schietti Cruz considerou legal a determinação do TJ-GO, de novembro de 2016, para o início de cumprimento da pena.

Maurício de Melo Cardoso, advogado do ex-comandante, afirma que a execução provisória da pena “é um absurdo” e vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). A PM informou que não vai se pronunciar sobre o assunto porque Carlos Elias não está ativo desde 2011.