Investigação

Mais denúncias: comerciante pode ter abusado de até 30 mulheres em Piracanjuba

O comerciante preso em Piracanjuba por tentativa de estupro, importunação e assédio sexual na última…

Crimes teriam ocorrido em estabelecimento do próprio suspeito. Na data da prisão investigação apontava para 10 casos de abuso (Foto: divulgação/PC)
Crimes teriam ocorrido em estabelecimento do próprio suspeito. Na data da prisão investigação apontava para 10 casos de abuso (Foto: divulgação/PC)

O comerciante preso em Piracanjuba por tentativa de estupro, importunação e assédio sexual na última terça-feira (5) pode ter feito entre 27 e 30 vítimas. A informação é do delegado responsável pelo caso, Leylton Barros. Até agora foram ouvidas 15 mulheres que afirmam terem sido abusadas. Outras devem prestar depoimentos até a próxima semana.

As vítimas acusam R.A.A., de 36 anos, de criar situações para que elas fossem assediadas. As mulheres relatam que o comerciante aproveitava ângulos específicos para tirar fotos ou filmar partes dos corpos delas. Os relatos também mostram que ele, por diversas vezes, tocava os seios, através de um bolso do uniforme das mulheres usado para guardar canetas, ou as abraçava por trás sem consentimento.

De acordo com Leylton, uma das vítimas relata que chegou a ser trancada em uma sala do comércio e ter a roupa retirada pelo homem. No entanto, ela começou a gritar, o que fez com que o comerciante parasse. As mulheres também afirmam que ele criava oportunidades para esfregar o pênis por cima da calça nas nádegas delas, ao passar por um lugar em que a vítima estivesse.

Ele também sugeria às mulheres que se não obtivesse vantagem sexual poderia prejudicá-las no trabalho.

Inquérito

A polícia apreendeu celulares, laptop e pen drive para averiguar se contém algum material relacionado com os crimes. A perícia dos objetos deve ficar pronto nos próximos 15 dias. O laudo com as oitivas das vítimas deve ficar pronto para ser remetido para a Justiça na próxima semana.

O comerciante segue preso na Unidade Prisional de Piracanjuba. Caso seja condenado, poderá pegar pena de até sete anos para cada crime cometido.

*Texto: Eduardo Pinheiro, especial para o Mais Goiás