Saúde Pública

Marcha da Maconha em Goiânia apresenta debate sobre legalização da droga

Goiânia será palco de mais uma Marcha da Maconha marcada para esta sexta-feira (31). A…

Goiânia será palco de mais uma Marcha da Maconha marcada para esta sexta-feira (31). A concentração ocorrerá a partir das 16h20 na Praça Universitária. O objetivo do evento, que já chega a sua nona edição na capital goiana, é apresentar um debate social sobre a legalização da droga no Brasil.

De acordo com o sociólogo e coordenador do coletivo Mente Sativa, Marcelo Soldan, a atual política de drogas oferece resultados piores do que os benefícios prometidos. “No texto ressalta que o objetivo era erradicar o uso e produção das drogas, o que não acontece. Pelo contrário, vemos o aumento nos números de diversos tipos de violência. Além disso, não existe registro de malefício, como um tipo de overdose por causa de maconha, por exemplo”, destaca.

Marcelo pontua que a cannabis – gênero do qual a maconha faz parte – tem contribuído para um avanço de medicamentos para doenças que não existem tratamento. “Muitas pessoas sofrem com a desinformação sobre o benefício que essa planta causa no tratamento de várias doenças tidas como incuráveis. Não somente isso, a indústria também seria beneficiada, pois a cannabis também é capaz de produzir papel. Tanto que a primeira Bíblia impressa por Gutemberg, em 1450, foi em papel de maconha”, ressalta.

O sociólogo expõe que o movimento também tem como objetivo acabar com a chamada “guerra das drogas” e que a legislação da droga iria seguir os padrões das políticas de venda de álcool e cigarros no país. “Na atual situação, vemos várias vidas sendo perdidas. Jovens, principalmente negros e pobres não violentos, sendo presos para que seja levado a um traficante”, salienta.

O debate já chegou na segunda principal esfera da Justiça do país. O Supremo Tribunal Federal (STF) iria retornar o julgamento do Recurso Extraordinário 635.659, que prevê a descriminalização de uso de drogas para consumo no Brasil. Porém, o julgamento que estava marcado para o próximo dia 5 de junho, foi adiado e sem nova data para acontecer.