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Médico acusado de deformar rostos de pacientes se recusa a falar à Polícia Civil

O médico Wesley Murakami, acusado de deformar o rosto de vários pacientes de Goiás e do…

O médico Wesley Murakami, acusado de deformar o rosto de vários pacientes de Goiás e do Distrito Federal durante procedimentos estéticos, compareceu ao 4º Distrito Policial de Goiânia nesta quarta-feira (19) para prestar  depoimento sobre as acusações. Segundo o delegado Carlos Caetano, ele se recusou a falar na delegacia.

“Murakami veio acompanhado da defesa e apresentou um atestado médico. Disse que estava sob efeito de medicamentos e não iria se manifestar na delegacia, somente em juízo. Fizemos em torno de dezoito perguntas, mas ele não respondeu nenhuma. A mãe dele também compareceu e foi ouvida como informante, mas seu depoimento não acrescentou muito. Ela disse que pouco sabia sobre o caso, que tinha ido à clínica somente uma ou duas vezes”, afirma o delegado.

De acordo com Carlos , os próximos passos na investigação serão analisar os documentos, relatar e encaminhar para o Poder Judiciário.

O caso

O “Dr. Murakami” – como o profissional se apresenta nas redes sociais – usava a estratégia de apontar defeitos nos pacientes para que eles se interessassem pelos serviços dele. Após as denúncias de clientes que queixaram-se do resultado dos procedimentos realizados, o Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) o impediu de exercer a profissão.

O médico se tornou alvo de processo ético depois que mais de 30 pessoas denunciarem procedimentos cirúrgicos malfeitos, com a aplicação de PMMA (sigla para polimetilmetacrilato, um plástico apresentado no formato de microesferas). A suspeita é de que o médico tenha injetado o produto em excesso e em locais nos quais não haveria necessidade.

Murakami foi preso temporariamente em dezembro de 2018, mas foi solto em janeiro deste ano.