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Mendanha diz que é favor de subsídio do transporte coletivo, mas que governo não dialoga

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), diz que é favorável à…

Na semana passada, a prefeitura de Aparecida anunciou que prepara uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para contestar a reestruturação do transporte coletivo
Ônibus de Aparecida (Foto: Jucimar Sousa - Mais Goiás)

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), diz que é favorável à implantação de subsídio ao transporte coletivo na Região Metropolitana. No entanto, contesta a maneira como o governo de Goiás conduz o processo de mudança da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC).

“Sempre fui favorável ao subsídio do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia, desde que tenhamos claro quais serão as melhorias que as concessionárias vão oferecer aos passageiros”, publicou o gestor no Twitter.

Segundo o prefeito, o governo de Goiás conduz as mudanças de forma “autoritária” e “sem diálogo” com todas as cidades da Região Metropolitana.

“Agora, além de não discutir isso, de forma autoritária, sem diálogo com todas as cidades da Região Metropolitana, o Governo de Goiás reduz o número de cidades e retira até os representantes do povo (Alego e câmaras municipais) do debate”, pontua.

Contestado por um usuário sobre qual é o modelo proposto por Aparecida, Gustavo Mendanha respondeu que a solução deve ser feita de forma conjunta com todas as cidades integrantes da Região Metropolitana.

Na semana passada, a prefeitura de Aparecida anunciou que prepara uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para contestar a reestruturação do transporte coletivo na Região Metropolitana promovido pelo governo estadual. A gestão aparecidense diz que há falta de transparência e entende que a mudança fere a constituição federal e a constituição estadual.

Quais são as mudanças no Transporte Coletivo da Região Metropolitana?

A lei sancionada em dezembro de 2021 estabelece, entre outras mudanças, novo formato para a tarifa a ser aplicada na região metropolitana, com inclusão de subsídio e partilha entre os municípios componente da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC). Assim, as empresas seriam remuneradas, com manutenção dos valores das passagens.

Segundo a nova legislação, o valor da tarifa seja entre R$6,50 e R$7, mas a tarifa paga pelo usuário continua R$4,30. Para isso, o poder publico irá dividir o valor restante de R$ 2,20 a R$2,50, por passageiro, entre o Estado e três municípios. os valores do subsídios seriam partilhados da seguinte forma: 41,2% para o Estado e Goiânia, cada um; Aparecida com 9,4% e Senador Canedo a 8,2%.

O secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, André Luis Rosa, contesta o modelo e diz que houve falta de transparência na adoção do novo modelo de transporte que está sendo proposto. Ele aponta ainda que não há possibilidade de fazer previsão orçamentária já que “não existe montante discutido”.