CASO MARCELLA ELLEN

Modelo investigada por matar noivo é indiciada por roubo e posse de drogas, em Goiás

Conclusão do inquérito faz parte do processo contra ela que tramita em Goiás. Outro processo está na Justiça do Distrito Federal (DF), onde ocorreu o homicídio

A modelo Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, está presa e é investigada por matar o noivo Jordan Lombardi com um disparo de arma de fogo, na madrugada de quarta-feira (9), no Distrito Federal. Em depoimento, ela disse se arrepender profundamente do crime, pois amava o companheiro. Mas que o cometeu sob efeito de alta quantidade de cocaína, após uma discussão sobre um suposto crime de estupro, o qual teria sido cometido pelo atual padrasto de sua enteada de 3 anos, filha de Jordan.
Modelo diz ter matado noivo por ele não querer denunciar estupro da filha (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

A modelo Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, que confessou ter matado o noivo em um motel, foi indiciada pela Polícia Civil por roubo e posse de drogas. Conclusão do inquérito faz parte do processo contra ela que tramita em Goiás. Outro processo está na Justiça do Distrito Federal (DF), onde ocorreu o homicídio.

O crime aconteceu sob efeito de alta quantidade de cocaína, em 9 de novembro, em um motel do Distrito Federal. Após os disparos, a modelo pegou o carro do noivo, Jordan Lombardi, um Audi Q7, e fugiu para Goiás. No caminho, o veículo foi bloqueado pelo rastreador e Marcella roubou uma kombi escolar para continuar fugindo.

Em Cocalzinho de Goiás, ela parou em um posto de gasolina e decidiu se entregar à policiais militares, onde estava seminua e armada com um revólver.

O advogado que defende a modelo nos processos, Johnny Cleick Rocha da Silva, disse que Marcella atirou em legítima defesa ao ser agredida pelo noivo durante uma discussão. A tese vai ser apresentada na Justiça.

Carro de luxo que modelo usou para fugir após matar noivo (Foto: Polícia Militar)

Modelo investigada por matar noivo

De acordo com Marcella, ela cometeu o crime durante uma discussão sobre um suposto estupro ocorrido contra a filha de Jordan (sua enteada), de 3 anos.

A modelo contou à Polícia Civil que estava com Jordan e com sua enteada em São Paulo, quando a menina relatou que foi estuprada. Por já ter sofrido abuso sexual na infância, Marcella se indignou com o crime e passou a cobrar uma atitude de Jordan. Ela queria que o noivo denunciasse o caso à polícia, mas ele se recusava.

Também segundo a modelo, Jordan não queria denunciar o crime porque temia ser prejudicado em sua carreira profissional como empresário. “Ela se viu no relato da enteada. A indignação com o caso foi tão grande que ela começou a cobrar constantemente uma atitude dele. E queria, principalmente, que ele denunciasse na Polícia Civil. A discussão foi ficando vez mais intensa e frequente”, contou o advogado de Marcella.

O advogado da modelo contou que a arma usada no crime foi comprada de forma clandestina em São Paulo (Foto: Divulgação – PM)

Arma usada no crime

O advogado da modelo contou que a arma usada no crime foi comprada de forma clandestina em São Paulo. Diante da denúncia da filha e a cobrança da noiva, Jordan teria decidido resolver o problema sozinho, já que não queria fazer denúncia à polícia.

“Provavelmente ele queria matar o abusador da filha, mas acabou não fazendo isso. A Marcella contou que ele foi até a casa da pessoa e fez ameaças, atirou para o alto, mas foi embora”, explicou o advogado.

Essa confusão aconteceu antes de o casal pegar o carro e viajar para Brasília, onde ia acontecer o casamento.