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Moradora de Petrolina pede ajuda para continuar criando leitoa em casa

Vigilância Sanitária deu três dias úteis para mulher tirar o animal da residência

Moradora de Petrolina pede ajuda nas redes sociais para continuar criando leitoa em casa
Moradora de Petrolina pede ajuda nas redes sociais para continuar criando leitoa em casa

Uma moradora de Petrolina de Goiás movimenta as redes sociais para continuar criando a sua leitoa em casa. De acordo com a artesã Simone Gomes, dona da porca de 4 meses, uma vizinha teria denunciado à Vigilância Sanitária o suposto mau cheiro na propriedade devido à criação do animal. O órgão esteve na residência e deu três dias úteis para a mulher tirar Nina, como é chamada a pet, de casa.

Emocionada, Simone revelou que ganhou a leitoa quando ela tinha 20 dias de vida como presente do genro, após um outro suíno dela ter morrido por picada de cobra. Segundo ela, o que define o cheiro do porco é a forma como ele é criado, o que difere da criação de Nina, que toma banho e tem a alimentação “limpa”.

A mulher informou que, quando recém nascida, Nina era alimentada na mamadeira. Agora, ela come ração, arroz, verduras e frutas frescas. Além disso, Simone destacou que a leitoa dorme em uma casa de cachorro e tem comedouro e bebedouro individual.

Denúncia

Após a denúncia, um agente da vigilância foi até a residência verificar se havia um porco na casa. “O fiscal viu que a Nina é criada como pet e que não tinha mau cheiro. Fiz questão que ele andasse no meu quintal para ver que a denúncia não procedia”, afirmou a tutora.

Mesmo com a visita do sanitarista na casa, a mulher disse que ele não fez um relatório de como encontrou Nina limpa, bem alimentada e sem mau cheiro. “Ele disse que realmente ela é criada como pet, que não fede, que a denúncia não procede. Mas como o município tem uma lei que proíbe criação de suínos na zona urbana, eu tenho 3 dias para retirar ela da minha residência”, lamentou.

A citada lei foi criada em 2005, quando muitos moradores tinham chiqueiros em casa e criavam porcos para vender ou para o próprio consumo. A mulher ressaltou que essa legislação não se aplica a Nina, uma vez que ela é criada como pet.

Desta forma, a tutora pediu às pessoas que simpatizam com a causa para ajudarem ela a encontrar uma forma da leitoa não ter que sair da casa dela. “Jamais imaginei passar por uma situação semelhante, é inacreditável a inversão de valores. O certo está errado e o errado está certo. Amar e cuidar agora é visto como errado”, desabafou.

O Mais Goiás tenta contato com a Vigilância Sanitária de Petrolina de Goiás.

(Foto: Arquivo Pessoal)