POLÍCIA

Morte de mãe e bebê em Anápolis pode levar polícia a ladrão de banco

O duplo assassinato de mãe e filha ainda é uma incógnita à Polícia Civil de…

O duplo assassinato de mãe e filha ainda é uma incógnita à Polícia Civil de Goiás. Laura Alves, 21 anos, e Eloá Alves, 8 dias, foram encontradas mortas, depois da vizinhança relatar ouvir muitos tiros na casa, localizada à Rua 13, no Setor Las Palmas, em Anápolis, a cerca de 60 quilômetros de Goiânia. Uma relação amorosa com um ladrão de bancos pode ter levado as duas à morte. O suspeito é reconhecido pela alta periculosidade, segundo Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP).

O que a polícia sabe até o momento é que a morte de Laura foi provocada por cerca de 30 disparos de arma de fogo, e que a filha dela, morreu com pelo menos três tiros. Além disso, três pessoas foram notadas entrando na cada após chegar ao endereço onde tudo aconteceu ocupando um carro prata, de modelo popular. A ação foi registrada pelas câmeras de monitoramento de uma casa, que estão apontadas para a rua.

SUSPEITAS
Ao responder questionamentos sobre a suspeita popular em torno do pai da criança, o delegado o delegado Renato Rodrigues de Oliveira, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da cidade foi enfático. “Não podemos eliminar ninguém de suspeitas, mas contra essa pessoa mencionada não foi encontrado nenhum tipo de elemento. É um homem que, apesar de não ter mais relação com a mãe desde a gravidez, sempre arcou com dispessas da gestação, e após o parto.”

Segundo o delegado, as suspeitas recaem sobre outro homem. Serão apuradas informações sobre o interesse de Roberto Augusto Rodrigues Mendes na morte das duas. Ele, que fugiu em um resgate cinematográfico registrado pelo sistema de monitoramento do presídio de Jaraguá, no dia 23 de dezembro de 2017 e está em fuga até hoje. Augusto teria feito ameaças contra a mãe da bebê, com quem teve um relacionamento antes de ser preso.

“Ele ainda estava em liberdade e fez uma ameaça de morte à Laura. Só que ele foi preso em seguida e nunca mais ligou para a mulher. Sabemos que eles tiveram uma relação amorosa durante certo período, mas após ser preso, não fez mais ligações para ela”, disse o delegado Renato Rodrigues. De todo modo, vamos saber sobre inocência, ou se ele realmente não tinha interesse que mãe e criança morressem.

CIÊNCIA EXPLICA
O ambiente do crime pode ser um grande local de trabalho do neuropsicólogo forense Leonardo Ferreira Faria. Ele já auxiliou no trabalho de investigações policiais, e conta que as características da vítima, com a construção do perfil psicológico, é possível chegar à autoria. “Uma mulher morta com 30 tiros já se pode ter em mente que o autor estava com muita raiva acumulada e precisava extrapolar. Já quando se leva em conta a morte da criança, que poderia ter sido poupada, a visão leva a alguma passionalidade, à colocar a existência desse bebê no rumo da causa desse assassinato”, descreve.