Saúde

Mortes por H1N1 sobem para 39 em Goiás

Mil e cem casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão confirmados até a décima…

Mil e cem casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão confirmados até a décima nona semana do ano – que termina no último dia 7 -, segundo exposto pela Secretária do Estado da Saúde (SES) na manhã desta terça-feira (15). Desses, 44 mortes foram causados pelo vírus Influenza, sendo 39 pelo subtipo H1N1, quatro por H3N2 e um pelo subtipo B.

A gerente de vigilância epidemiológica, Magda Maria de Carvalho, destaca que o pico do aumento de registro de casos está diminuindo. “Acreditamos que o pico de casos ocorreu em abril na semana 13 e 14. Agora a tendência é de queda. A medida que a campanha de vacinação avança e boa parte da população é vacinada, vemos um efeito positivo e que os casos começam a cair”, conta.

A voltou a reforçar que o quadro de epidemia é descartado pela secretaria. “Teve um aumento no número de casos, mas esse aumento não representa uma epidemia. Goiás foi um dos primeiros estados a registrar aumento de caso de Influenza, mas observamos que a maioria dos casos que se concentravam aqui estão em migração para outro lugar”, explica.

Outros vírus

Em 2018, os números de outros vírus que são os principais causadores de agravamento da SRAG aumentaram em relação ao mesmo período nos dois últimos anos. O Vírus Sincicial Respiratório (VSR), por exemplo, foi confirmado em 153 casos contra 84, em 2017, e 9 em 2016. Já o metapneumovírus foi o causador de agravar a respiração em 62 casos, contra 18 no ano passado. Não houve registro de casos do vírus em 2016.

Magna explica que o Laboratório Central conseguiu se tornar mais eficiente na identificação de novos vírus, mas que a vacina imuniza apenas os específicos da Influenza. A gerente destaca que é de extrema importância a continuidade com os hábitos de higienização das mãos para que não haja contaminação por outros vírus.

“Além das vacinações, recomendamos que as pessoas façam o que chamamos de etiqueta respiratória, como evitar aglomerados, a lavagem das mãos de forma correta, entre outros. Esses cuidados, na verdade, vão proteger e ajudar a evitar a disseminação de outros vírus que também circular, como o adenovírus, o metapneumovírus, que tem já possui casos confirmados, podem levar a óbito e que não são protegidos pela vacina”, explica.

Vacinação

A vacinação já atingiu mais de 89% dos integrantes do grupo de risco. Goiás já recebeu 1.759.600 vacinas e foram aplicadas 1.480.120 doses. De todos os grupos prioritários, as crianças de seis meses e menores de cinco anos e as grávidas são as que ainda mais faltam se vacinar, sendo 68,76% e 66,97% respectivamente, do total de pessoas que se encaixam nesse perfil imunizadas.

O Estado já recebeu todas as doses necessárias, mas que foi realizado um pedido, junto ao Ministério da Saúde, mais 300 mil doses extras para a vacinação de pessoas ainda no grupo de risco que ainda falta. “O Ministério (da Saúde) ainda não está assinalando esse quantitativo, mas que, logo que receber nova remessa, encaminhará mais algumas doses ao Estado, visto que eles também estão recebendo as doses por parcelas. Talvez não o quanto pedimos, mas o tanto que dá para atender a população”, conta Glecia VEcci, gerente de imunizações e rede de frios da SES.

Devido ao aumento de procura das vacinas, muitas pessoas que não fazem parte do grupo de risco foram aos postos para se imunizarem. “Esse ano a procura foi muito grande devido as comorbidades e algumas pessoas que não era do grupo tomaram a vacina. Estamos aguardando os dados referente ao ‘Dia D’ de alguns municípios e que precisam ser digitados para podermos ver a quantidade exata de pessoas que compõem o grupo de risco que faltam se vacinar”, destaca.

Glecia acredita que nesse ano, possivelmente, não haverá abertura de imunização para pessoas que não integram os grupos de risco após o encerramento da campanha. “Todos os anos conseguimos ao final da campanha realizar a imunização de outras pessoas. Mas o Ministério da Saúde já assinalou que não encaminhará um número maior de doses extras para Goiás”, explica.

A vacinação segue para todos os grupos prioritários até o dia 1° de junho.

*João Paulo Alexandre é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo.