VIOLÊNCIA

MP denuncia homem por homicídio qualificado de travesti em Aparecida de Goiânia

O Ministério Público de Goiás denunciou Cláudio Silva Lima por homicídio com quatro qualificadoras, praticado…

Segunda travesti é encontrada morta em Aparecida de Goiânia (GO) em duas semanas (Foto: Reprodução)
MP denuncia homem por homicídio qualificado de travesti em Aparecida de Goiânia (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Goiás denunciou Cláudio Silva Lima por homicídio com quatro qualificadoras, praticado contra a travesti Isabela Patrícia de Araújo Farias. O crime ocorreu em Aparecida de Goiânia, no dia 4 de março, por volta das 2 horas, na Vila Nossa Senhora de Lourdes.

A denúncia do Ministério Público qualifica o autor por crime cometido por motivo fútil, à emboscada, feminicídio e por discriminação à condição de sexo feminino adotada socialmente.

O promotor de Justiça Daniel Roberto Dias do Amaral, da 19ª Promotoria de Aparecida de Goiânia, pediu a prisão preventiva de Cláudio Silva.

O crime

Segundo o Ministério Público, a vítima fazia programas sexuais no dia do crime. Nesta data, Cláudio Silva saiu do trabalho e trafegava em uma moto quando viu Isabela Patrícia em frente a um motel aguardando clientes. O denunciado, então, se aproximou e contratou os seus serviços.

Na sequência, a travesti subiu na moto e foi com o homem até um terreno baldio, onde seria realizado o programa. No local, os dois se desentenderam sobre o valor do programa, que seria de R$ 50 – Cláudio Silva estava disposto a pagar R$ 30

O Ministério Pública aponta que houve menosprezo e discriminação à condição de sexo feminino adotado pela vítima. Com isso, o homem sacou um canivete e perfurou o pescoço de Isabela por três vezes. O denunciado montou na moto e fugiu, sendo preso somente no curso das investigações.

Anexos

O promotor de Justiça requereu à 4ª Vara Criminal da comarca de Aparecida de Goiânia que sejam anexados aos autos os laudos periciais em local de morte violenta, de pesquisa de sangue humano e levantamento de impressões papilares no canivete apreendido com o denunciado, assim como as imagens de câmeras de segurança que gravaram o ocorrido.