Presídios

MP desarticula grupo que vendia regalia a detentos

Após mais de um ano de investigações, o Ministério Público Estadual, em conjunto com a…

Após mais de um ano de investigações, o Ministério Público Estadual, em conjunto com a Polícia Civil, e com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciaria (SSPAP), desarticulou uma quadrilha que estaria vendendo benefícios a detentos que cumprem pena em Goiás.

Três ex-agentes penitenciários temporários, e um que ainda estava na ativa, foram presos temporariamente, e outros seis servidores da Agência Prisional foram conduzidos de forma coercitiva para prestar depoimento. Todos tiveram suas credenciais e armas apreendidas, e foram afastados das funções.

Segundo o promotor Ramiro Carpenedo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os crimes cometidos pelos servidores ainda estão sendo apurados, mas há relatos de casos de presos temporários ou até condenados que pagavam para passar um final de semana ou alguns dias com a família. “Nós já temos provas concretas de alguns crimes, como transferências bancárias, e cópias de cheques, mas as investigações ainda prosseguem, por isso não podemos apresentar detalhes desse trabalho”, informou.

Apesar de comedido nas palavras, o promotor contou que estão sendo investigados, também, casos de presos que eram transferidos de presídios sem o conhecimento da Justiça. “Nós ainda não apuramos um valor em específico e nem a quantidade de detentos beneficiados, mas eu posso garantir que as somas cobradas pelos agentes variam entre cinco e seis dígitos”, concluiu.

Nem os suspeitos que foram presos temporariamente, nem os que foram ouvidos de forma coercitiva, tiveram os nomes divulgados. Os crimes que estão sendo apurados, ainda de acordo com Ramiro Carpenedo, são extorsão, corrupção ativa e passiva, e associação criminosa. Como forma de prevenir novos crimes, todos os investigados foram afastados de suas funções, e tiveram que entregar suas armas e credenciais à Polícia Civil.