IMPROBIDADE

MP investiga coronel da PM que teria utilizado cargo para benefício particular em Formosa

O Ministério Público de Goiás (MP) investiga o coronel comandante da 11ª Comando Regional da Polícia…

O Ministério Público de Goiás (MP) investiga o coronel comandante da 11ª Comando Regional da Polícia Militar, identificado como L.A.R., por suposto uso indevido do cargo para fins pessoais em Formosa. O juiz da Vara das Fazendas Públicas, Rodrigo Foreaux, foi quem autorizou os mandados de busca e apreensão cumpridos na manhã desta sexta-feira (10) e que deu origem a Operação Arca de Noé.

As investigações foram conduzidas pelo promotor Douglas Chegury e pelo delegado José Antônio Sena. Elas apontam a prática de improbidade administrativa por parte do coronel. Segundo o MP, ele teria utilizado viaturas e policiais para escoltar mais de três toneladas de insumos para alimentação de gado de São João D’Aliança até Formosa, cerca de 113 quilômetros. Após chegar no município, a carga ainda foi escoltada até a fazenda do coronel.

Ainda segundo o MP, para isso, o policial ainda contou com a ajuda de um contraventor, identificado como L. J. C., que cheia bancas de jogo do bicho na região. O órgão também afirma que o policial mantém negócios com o bicheiro. Os mandados de busca foram cumpridos na casa e chácara do contraventor Foram apreendidos documentos, computadores e duas armas de fogo.

O contraventor foi preso em flagrante por posse ilegal da arma de fogo. Simultaneamente, oito bancas de jogos do bicho foram desarticuladas na região. Caso sejam condenados, os envolvidos poderão perder o cargo público, ter os direitos políticos suspensos e pagamento de multa. Segundo o promotor, não foi expedido até o momento nenhum mandado contra o coronel pois, até o momento, não havia evidências que o militar teria se beneficiado com a ação. “Depois de ouvirmos algumas testemunhas, tivemos a certeza do benefício direto do coronel. Na próxima semana, vamos ajuizar a ação de improbidade administrativa do coronel e do bicheiro por termos provas suficientes”, afirma o promotor.

O Mais Goiás entrou em contato com a Polícia Militar (PM), mas não obteve retorno até a publicação dessa matéria.