REALIDADE FEMININA

Mulheres representam 34% dos empreendedores de Goiás, aponta estudo

Apesar de serem 50,8% da população goianiense, as mulheres representam apenas 34% dos empreendedores de…

Apesar de serem 50,8% da população goianiense, as mulheres representam apenas 34% dos empreendedores de Goiás. Os dados são de um estudo do Sebrae
Mulheres representam 34% dos empreendedores de Goiás, aponta estudo (Foto ilustrativa: FreePik)

Apesar de serem 50,8% da população goianiense, as mulheres representam apenas 34% dos empreendedores de Goiás. Os dados são de um estudo do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que analisou o perfil feminino no mercado de trabalho nos ano de 2019.

De acordo com o levantamento, estima-se que hajam mais de um milhão de empreendedores espalhados por todo o território goiano. Destes, somente 352.669 são mulheres (34%).

Vale ressaltar que, entre as empreendedoras, apenas 5% são donas de empresas, que possuem pelo menos um funcionário. Outras 29% trabalham por conta própria.

Além disso, em todas as posições de ocupação – sejam como empregadoras (32%), trabalhadoras por conta própria (34%) ou empregadas (47%) – as mulheres possuem menor percentual de participação em relação aos homens.

Pandemia prejudicou empreendedores de Goiás

A violência, o atraso na inclusão das mulheres do mercado de trabalho, o malabarismo para cuidar da carreira e dos filhos e os salários inferiores aos dos homens, são algumas das barreiras conhecidas pelas mulheres ao longo de séculos. No entanto, a chegada da pandemia da Covid-19 piorou o avanço feminino no empreendedorismo em todo o território nacional, inclusive em Goiás.

No estado goiano, a maioria das empreendedoras tem em média 44 anos e estão em maior presença nos segmentos de serviços domésticos e estéticos, como diaristas e babás, cabeleireiras e manicures. Porém, todas essas áreas foram muito afetadas com a pandemia, que passou a exigir o distanciamento social como forma de segurança geral.

Segundo o Sebrae, em todo o Brasil, as empresas comandadas por mulheres foram as mais afetadas. Prova disso, é que 52% das empresas comandadas por elas fecharam “temporariamente” ou “de vez”, contra 47% dos homens.

Os dados referentes ao ano de 2021 deverão ser apresentados em novembro deste ano.

Evento

A fim de discutir os dados da pesquisa e debater melhorias para a realidade feminina, o Sebrae vai promover um híbrido, nesta quarta-feira (9), às 19h.

Pela internet, haverá uma transmissão pelo canal de youtube. Presencialmente, haverá uma roda de conversa na sede do Sebrae, situado na Avenida T-3, 1.000, Setor Bueno, nesta Capital.

Participam do evento a Primeira-Dama do Estado de Goiás, Gracinha Caiado; a Reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Profa. Dra. Angelita Pereira de Lima; e as empresárias Maria Luiza da Silveira Rodrigues e Thaise Calaça.

Os temas abordados vão desde a criação de empresas, experiências até o impacto da pandemia da Covid-19 sobre os negócios administrados por mulheres.