“Não houve intenção maldosa em gravação”, diz comunicado de advogada da família da criança que comeu ração de cachorro

A imagem do menino de dois anos comendo ração, em uma vasilha de cachorro, teve uma repercussão nacional. O assunto, que surgiu de uma gravação da mãe da criança, despertou emoções dos  leitores. Não só os de Trindade, na região metropolitana de Goiânia, mas de vários lugares do país. A família emitiu um comunicado, por meio da advogada contratada pelo pai, mãe e tia-avó materna.

O comunicado enviado à imprensa acusa a avó da criança de ter divulgado a imagem nas redes sociais, e exposto a criança à situação de vexame. A Polícia Civil já investiga o caso, e o delegado Vicente Gravina, responsável pelo caso, informou que ouviu a mãe e a tia, que informaram ter feito uma brincadeira de mau gosto. “Elas disseram que exageraram um pouco, mas que não tiveram má intenção — isso foi a afirmação delas, mas a investigação continua”.

O delegado informou que vai convocar o pai da criança para prestar esclarecimentos. A casa onde a criança mora foi visitada pelo Conselho Tutelar da cidade, e um relatório — de teor não divulgado — será encaminhado ao poder Judiciário, que tirará as conclusões.

Leia o comunicado na íntegra:

É como muita tristeza que a família, perplexa, assiste a divulgação do vídeo nos meios de comunicação, sem qualquer cuidado com a imagem da criança e de seus familiares. De fato, não houve qualquer intenção pejorativa ou maldosa na gravação das imagens, uma vez que a criança é muito amada e cuidada por todos que o cercam. Por crueldade e irresponsabilidade de sua avó paterna que, ao ter acesso ao vídeo em um grupo familiar, distorceu os fatos e lançou as imagens nas redes sociais de forma negativa, ganhando interpretação diversa do contexto real das gravações. Este fato está causando grande sofrimento e dor em todos que o cercam e dedicam integralmente seus dias em prol do seu bem estar. Desde já deixo registrado que a criança é bastante amada, bem cuidada e feliz, fato este que pôde ser claramente comprovado hoje após a visita do Conselho Tutelar e Cras.

Marcia Gabriele Sampaio Carvalho, advogada.