Saúde

“Não olho as vidas que perdemos. Eu olho as vidas que salvamos”, diz Ministro da Saúde sobre o SUS, em Goiânia

Durante a entrega de 45 leitos de enfermaria pediátrica e dez de UTI no Hospital…

Durante a entrega de 45 leitos de enfermaria pediátrica e dez de UTI no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) como extensão do Materno Infantil (HMI), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) não pode ser visto como vilão dos brasileiros. “Não olho as vidas que perdemos. Eu olho as vidas que salvamos”, disse.

A declaração foi dada após o questionamento das atuais mudanças não terem sido tomadas antes, para desafogar o HMI. No último mês, um menino de 5 anos morreu após esperar por horas um leito de UTI na unidade. Mandetta se solidarizou com a família e disse que casos como esse devem ser visto como exemplo para que outros não ocorram.

“O que resta é pegar esses casos e servir como inspiração para trabalhar para redobrar o tempo, acelerar o tempo da burocracia e antecipar os prazos no máximo. Todos somos responsáveis. Eu não olho ou faço contas apontando o dedo. […]. Eu olho o SUS que dá certo e procuro a me inspirar nesse para evitar as perdas [de vida], que não é isso que a gente quer”, afirma.

Para os atendimentos, foram contratadas mais de 170 funcionários entre enfermeiros, técnicos, fisioterapias, psicólogos e intensivistas pediátricos. Os atendimentos no Hugol serão feitos por regulação estadual, ou seja, os pacientes terão que passar pelo HMI, que continua sendo porta aberta. Para as implantações e mantenças dos leitos, o estado vai arcar com mais de R$ 1,5 milhão mensais.

Repasses

Na ocasião, o ministro assinou três portarias que destinam o repasse de R$ 150 milhões para a áreas de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar no Estado. De acordo com o governador Ronaldo Caiado (DEM), R$ 25 milhões serão destinados a 30 municípios.

Já foram liberados R$ 14,7 milhões para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), leitos pediátricos e assistência de pessoas com deficiência e saúde mental.

O governo estadual terá que apresentar um plano emergencial para a liberação dos outros dois decretos. Um é de R$ 85,4 milhões e o outro, uma verba anual de R$ 49,8 milhões dividida em 12 vezes. Ambos a serem utilizados em áreas de média e alta complexidade ambulatorial.

“Nós vamos ampliar o atendimento regional. No mês de junho, nós vamos abrir a policlínica em Posse e outra em Santa Terezinha de Goiás para atender o Nordeste e Norte goiano. Além disso, outras 17 policlínicas serão instaladas no interior do Estado para acabar com ambulancioterapia (sic) que é feita para trazer pacientes para Goiânia e Anápolis”, afirmou Caiado.