Presídios

Nova tentativa de fuga é frustrada por agentes de segurança do CASE

Por volta das 20h30 da noite de terça-feira (9) uma nova tentativa de fuga no…

Por volta das 20h30 da noite de terça-feira (9) uma nova tentativa de fuga no Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE) foi frustrada pela equipe de segurança. De acordo com o diretor de segurança do Sindicato dos Servidores do Sistema Sócioeducativo, Walmir Ferreira da Silva, os internos quebraram o cadeado de uma das celas com auxílio de uma barra de ferro, deixando o portão entreaberto, e esperavam o melhor momento para render os agentes e proceder com a evasão.

“Provavelmente os internos iriam render nossos colegas quando fossem recolher o material da janta. Porém, um dos agentes notou o cadeado quebrado e, sem fazer alarde, chamou colegas para que o cadeado fosse trocado. Sem dúvidas, eles renderiam a equipe e fariam com que abrissem as celas para que mais pessoas fugissem”. No momento os agentes fazem inspeção para apurar falhas de segurança.

Por causa da tentativa e após após a fuga de 11 menores da instituição na segunda-feira (8), representantes do Ministério Público (MP) e autoridades do Governo Estadual que realizariam inspeção no local nesta quarta-feira (10), adiaram a agenda para quinta-feira (11), por motivos de segurança. De acordo com o promotor Publius Lentulus Alves da Rocha, que é coordenador do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do MP, a inspeção irá apurar as razões e consequências da fuga e, mais recentemente, da tentativa.

Fugas e tentativas, segundo ele, são comuns no sistema socioeducativo. “Não só na unidade de Goiânia, mas nas demais do interior. São recorrentes. Adolescentes tem esse perfil de pretender evasão. Sempre que acontece isso, realizamos inspeções para apurar se tomaremos medidas administrativas ou judiciais caso sejam detectadas irregularidades”

Para isso, durante a inspeção a equipe irá entrevistar diretor, adolescentes infratores, e funcionários. Toda a comunidade socioeducativa. “Queremos saber o que gerou essa possibilidade e quais são os impactos desse problema. Vamos questionar os casos ocorreram por fatalidade, se foi procedimento inadequado e se as consequências poderiam ser minimizadas. Vamos ver in loco o que aconteceu para sabermos qual atitude tomar em relação a comunidade socioeducativa”.

Força-tarefa

Paralelamente, o promotor lidera uma força-tarefa de investigação para apurar questões pontuais tanto do atendimento socioeducativo como dos aspectos físicos das instalações. Segundo ele, o grupo, formado por outros 10 promotores, está levantando e registrando informações sobre o universo socioeducativo estadual. Atualmente, são há 10 regionais no estado para internação de adolescentes autores de atos infracionais.

“Dessas, nem todas foram concluídas, algumas nem foram iniciadas. Estamos fazendo o registro disso para aferir o que foi cumprido desde o estabelecimento do termo de ajuste de conduta firmado pelo Procurador-Geral de Justiça em 2012. Os resultados serão apresentados ao novo procurador, que decidirá que tipos de medidas tomar: administrativas ou judiciais, se este for o caso”