AÇÃO

Operação que investiga pesca predatória em Aruanã (GO) cumpre 14 mandados de busca

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Batalhão da Polícia Militar Ambiental realizaram a…

Operação cumpre 14 mandados de busca e apreensão em Aruanã (GO) sobre pesca predatória
Operação cumpre 14 mandados de busca e apreensão em Aruanã (GO) sobre pesca predatória (Foto: MP-GO)

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Batalhão da Polícia Militar Ambiental realizaram a Operação Zunguro, em Aruanã, nesta segunda-feira (11). Seis pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo, porte ilegal e por posse de pescados.

A ação cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências de 14 pessoas investigadas pela prática de crime contra a fauna. Elas teriam promovido pesca em período proibido ou em lugares interditados por órgão competente.

A ordem judicial foi pedida pelo promotor de Justiça, Leonardo de Oliveira Marchezini, após relatório do Batalhão Ambiental. O documento informou a pesca predatória no Rio Araguaia, principalmente à noite.

Destaca-se, os agentes apreenderam 18 redes, seis tarrafas, cinco armas, 274 munições de calibres diversos, sete anzóis especiais e uma lanterna. Além disso, os detidos tinham posse de 5 quilos de pescado, mais cinco peixes inteiros de médio porte, 46 quilos de carne de caças diversas – sendo mais de 200 quilos de carne, no total.

Por fim, 12 tartarugas vivas e aptas a serem reintegradas à natureza foram encontradas e devolvidas à natureza.

Relatório

O relatório que o Batalhão Ambiental entregou ao MP-GO expunha denúncias de uma associação de proteção às piraíbas do Araguaia. Foi apurado que os pescadores predadores usavam ranchos às margens do rio como pontos de apoio para a pesca irregular.

Segundo o documento, esses locais eram de propriedade de oito dos investigados. A maioria, parentes entre si, segundo o promotor.

Ainda de acordo com o MP, os investigados não usavam os portos públicos para acessar o rio e nem para retirar as embarcações com os peixes que não podem ser pescados por proibição. O órgão informa que eles utilizavam portos particulares, além de ficarem cerca de 16h, voltando de madruga. A Polícia Militar Ambiental confirma.

Depois de pescarem os animais, os investigados utilizavam os ranchos para eviscerar os peixes e armazená-los em caixas de isopor para levá-los a cidade, de madrugada. Após esse momento, segundo o MP, eles guardavam os pescados em residências vizinhas as deles, preferencialmente de pessoas com baixo poder aquisitivo.

O compromisso, segundo apurado, era que os investigados pagassem as contas de energia dessas casas, para compensar os gastos com freezers.