Operação mira ex-servidor de Caldas suspeito de venda de túmulos no cemitério municipal

A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão em investigação que apura a venda ilegal de túmulos no cemitério municipal de Caldas Novas. A operação da Delegacia do município ocorreu na manhã desta quarta-feira (2) e teve com alvo um ex-servidor do município.

Segundo a polícia, a investigação apura a suposta venda ilegal de túmulos no cemitério municipal que teriam ocorrido nos anos de 2015 e 2016. O alvo, como mencionado, foi um ex-funcionário comissionado que trabalhou no referido cemitério. Ele é investigado, conforme a polícia, por ter firmado contratos de cessão de direitos com familiares que tiveram seus entes queridos sepultados após cobrança indevida de valores que superavam a quantia de R$ 12 mil.

A corporação esclarece que os túmulos negociados são de propriedade do município. Por causa disso, são inalienáveis como bens públicos. Assim, as cobranças são tipificadas como crime contra a administração Pública e a pena pode chegar a 8 anos de reclusão. As investigações seguem.

Por nota, a prefeitura de Caldas Novas informou que a ação da polícia “confirma o que a atual administração municipal tem reiterado desde o início das investigações por parte do Ministério Publico de Goiás, e também, além da Sindicância instaurada pelo poder público: que a prática teria sido iniciada na gestão anterior”.

Além disso, diz que a ação do MPGO, conforme reconhecimento do próprio promotor de Justiça, Augusto César Borges Souza, “ocorreu justamente, a partir de documentos enviados pela atual administração municipal para apuração rigorosa dos fatos”. A prefeitura acompanha e colabora as autoridades por meio da Procuradoria Geral do Município.

Vale lembrar, no começo do mês o MPGO cumpriu nove mandados, sendo um de prisão e oito de busca e apreensão, em Caldas, em investigação de venda ilegal de terrenos e jazigos no cemitério público local, além de cobrança de taxas. Estes casos teriam ocorrido entre 2021 e 2023. Os alvos foram servidores públicos, ex-funcionários municipais, além de um empresário do ramo funerário