CRIME CIBERNÉTICO

Operação prende suspeitos de aplicar golpes do falso leilão em Goiás

Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 11 de busca e apreensão e 119 sequestros de valores

Polícia Civil de Goiás cumpre mandado em São Paulo (Foto: Divulgação/PCGO)
Polícia Civil de Goiás cumpre mandado em São Paulo (Foto: Divulgação/PCGO)

Uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu suspeitos de aplicar golpes do falso leilão no território goiano. Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, são mais de 50 crimes contra vítimas com prejuízo entre R$ 8 e 10 milhões. As prisões ocorreram nesta quinta-feira (9), no estado de São Paulo.

De acordo com a investigação, foram cumpridos pelos policiais goianos sete mandados de prisão preventiva, 11 de busca e apreensão e 119 sequestros de valores em contas bancárias. O grupo é suspeito de praticar crimes do falso leilão imitando sites de empresas já consolidadas no ramo.

Esta é a segunda fase da operação. A primeira fase aconteceu em dezembro do ano passado. Na época, quatro pessoas foram identificadas e presas, e cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Pelo menos 30 pessoas no estado de Goiás foram vítimas dos golpes.

A identidade dos envolvidos não foi divulgada e, por isso, não foi possível localizar a defesa deles.

Golpe

A PCGO explicou que os indivíduos têm o costume de criar sites falsos de leilão de veículos. Dessa forma, eles clonavam os sites de leiloeiras verdadeiras ou as utilizavam como referência sites de órgãos públicos, como o Detran, Tribunais de Justiça e a Receita Federal.

Em seguida, os criminosos reproduziam informações dos veículos a serem arrematados e dos leilões que ocorriam em tempo real com a possibilidade das vítimas realizarem lances. Os sites tinham funcionalidades como SAC e o número de contato que eram direcionados aos autores.

Após serem convencidas a fazer o cadastro, os suspeitos entravam em contato com as vítimas com o objetivo de conseguir o valor do veículo arrematado no falso leilão. Acreditando que participou de um leilão verdadeiro, ela efetuava a transferência bancária para a conta de um beneficiário do golpe.