Prevenção sobre o câncer de mama

Outubro, o mês em que o rosa se torna a cor da esperança

O mês de outubro chegou e traz mais uma vez a conscientização sobre prevenção do…

O mês de outubro chegou e traz mais uma vez a conscientização sobre prevenção do câncer de mama. Esse tipo de câncer é o que mais mata mulheres e pode ser prevenido se for diagnosticado precocemente. Para preveni-lo, mulheres a partir dos 40 anos devem fazer o exame de mamografia pelo menos uma vez ao ano, pois a partir dessa idade, a doença passa a ter maior chance de incidência.

Ainda que um nódulo seja detectado, sempre é importante manter a calma e a esperança. Foi assim que fez a jovem Leandra Teles, de 21 anos. Ela desenvolveu um caroço aos 16, quando esse tipo de ocorrência não é comum. A jovem reparou no nódulo após uma propaganda sobre o assunto. “Brinquei com a minha mãe que ela deveria ter cuidado com o câncer. No momento, reparei que tinha um nódulo no meu seio”, conta. “Como já estava com um tamanho razoável, imediatamente procurei fazer um exame.”

Leandra relata que ficou dois anos monitorando o desenvolvimento e qual poderia ser a natureza do nódulo. Ele já estava com cinco centímetro de diâmetro e, aos 18 anos, a jovem decidiu retirar o caroço. “Quando cheguei à maioridade, percebi que estava crescendo drasticamente e, juntamente com meus médicos, decidimos retirar o nódulo para a biópsia. Fiz a setorectomia e foi diagnosticado que o nódulo era benigno”, diz.

Apesar do susto, Leandra conta que levou o episódio como lição e alerta às mulheres para que tenham cuidado com o corpo. “Sempre é importante ter informação, conversar com alguém sobre o assunto e principalmente ter cuidado com a sua saúde. Não cheguei ter o câncer em si, mas agora tenho mais atenção”, destaca.

Leandra levou o episódio como aprendizado e gosta de falar sobre o assunto para refletir sobre ele (Foto: Arquivo Pessoal)

Diagnóstico Precoce

Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 43.580 mamografias foram realizadas em Goiás em 2016. Em média, foram realizados, 3.632 exames por mês. Estimativas apontam que para os próximos anos serão cerca de 57.120 novos casos de câncer no Brasil, sendo 1.500 em Goiás.

Apesar de não ser comum, homens também podem desenvolver câncer de mama. Porém, para cada caso registrado em homens, há 100 registrados em mulheres. “As mulheres sempre estarão mais sujeitas. Por isso é importante realizar a mamografia. Quando falamos em câncer, a pessoa já pensa que vai morrer, mas não é assim. A pessoa tem muita chance de se curar, se for tratada corretamente”, pondera.

Diante isso, a mastologista Erika Pereira de Sousa e Silva relata a importância da realização da mamografia e destaca que com o exame o diagnóstico inicial é revelado com mais frequência e há maiores chances de cura. “Existem avanços tecnológicos na mamografia que foram necessários e ajudaram na detecção de nódulos precocemente. O autoexame não tira a necessidade da mamografia”, conta.

Erika conta que diversas ações vão agitar este mês de Outubro Rosa para ajudar as mulheres e quebrar ainda alguns tabus sobre o exame e sobre o câncer. “Realizamos neste domingo (8) doze cirurgias no Hospital Geral de Goiânia (HGG) para reconstrução de mamas de mulher que já foram curadas. Além disso, vamos fazer retiradas de nódulos benignos que estão incomodando pacientes. Com isso, esperamos devolver um pouco de autoestima a essas mulheres que são vitoriosas”, declara.

Vários monumentos importantes do país aderiram a cor rosa, como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Em Goiás, todos os hospitais da rede pública estão com a fachada cor rosa para divulgar a campanha. Além disso, muitas clinicas estão oferecendo descontos nos exames de mamografias para mulheres.

Em Aparecida de Goiânia, o exame estará disponível para a população até o dia 18 de outubro no Aparecida Shopping, no Espaço Múltiplo Rosa, que tem participação da Secretaria de Assistência Social de Aparecida e da Secretaria Estadual de Saúde.

Hospitais estarão com a fachada rosa durante todo o mês (Foto: Divulgação)

 

*João Paulo Alexandre é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo