CREOLINA

Paciente que sofreu queimaduras em hospital será indenizado, em Pires do Rio

A Justiça condenou a prefeitura de Pires do Rio e um médico a indenizar em…

A Justiça condenou a Prefeitura de Pires do Rio e um médico a indenizarem em R$ 20 mil o pedreiro, Mauro Ribeiro de Oliveira Filho. O paciente se queixava de dores, pois uma mosca havia entrado em seu ouvido e botado larvas. Durante o tratamento, foi aplicado um produto veterinário, que escorreu e causou queimaduras no rosto e pescoço do homem. Apesar da sentença, o processo ainda cabe recurso.
Paciente deverá ser indenizado após ter queimaduras por ser tratado com produto veterinário (Foto: Reprodução - TV Anhanguera)

A Justiça condenou a prefeitura de Pires do Rio e um médico a indenizar em R$ 20 mil o pedreiro Mauro Ribeiro de Oliveira Filho. Há sete anos, Mauro procurou atendimento no Hospital Municipal de Pires do Rio queixando-se de dores, porque uma mosca havia entrado em seu ouvido e botado larvas. Durante o tratamento, o médico aplicou nele um produto veterinário que escorreu e causou queimaduras no rosto e pescoço do homem. Ainda cabe recurso.

“Pelo menos a justiça está sendo feita”, disse Mauro em entrevista a TV Anhanguera. Ele conta que processou a prefeitura e o médico pelo ferimento, mas, inicialmente, teve o pedido de indenização negado. O pedreiro recorreu e a Justiça reverteu a decisão, condenando a prefeitura e o profissional de saúde a pagarem, juntas, R$ 20 mil.

O departamento jurídico da prefeitura de Pires do Rio está avaliando se vai recorrer ou não da sentença. O Mais Goiás não localizou a defesa do médico.

Paciente esperou sete anos para ser indenizado após ter queimaduras

O caso aconteceu em 2015, mas a decisão de indenização só foi tomada em abril deste ano, quase sete anos depois. Mauro relata que procurou o Hospital Municipal de Pires do Rio e, lá, foi informado que deveria aplicar creolina no ouvido com dor. O próprio médico aplicou o produto, que é um desinfetante de uso veterinário.

Durante a aplicação do produto, o líquido escorreu em parte do rosto do pedreiro, causando queimaduras de segundo grau, perfuração no tímpano e perda de parte da audição. O médico assumiu no processo que fez uso do produto, mas que não houve lesão.

Entretanto, exames comprovaram que o produto veterinário provocaram ferimentos. Em nota, o Conselho Regional de Medicina disse que não informa sobre a tramitação de denúncias, processos e sindicâncias.

Creolina

A creolina é um produto de uso ambiental e não deve ser utilizado em animais ou humanos. É um desinfetante e germicida, com comprovada ação bactericida e fungicida, de uso veterinário e com eficácia comprovada como desinfetante de instalações rurais tais como: granjas, aviários, pocilgas, estábulos, haras, cocheiras, canis e galpões.

A ingestão pode causar diversos riscos à saúde, provocando, inclusive, danos permanentes ou até mesmo a morte.

Veja os cuidados recomendados pelo fabricante em caso de contato com a creolina

  • Em caso de inalação, remover o paciente imediatamente do local e levá-lo para ambiente em ar fresco.
  • Em caso de contato acidental com a pele, retirar imediatamente roupas e sapatos que tiverem sido atingidos pelo produto. Lavar a pele afetada abundantemente com água por pelo menos 15 minutos.
  • Em contato acidental com os olhos, lavar imediatamente os olhos e abundantemente com água limpa, separando as pálpebras com os dedos por pelo menos 15 minutos.
  • Em caso de ingestão, lave a boca abundantemente com água limpa. Não provoque vômito. Procurar imediatamente o socorro médico, com indicação do produto ingerido (se possível levar a embalagem)
  • É muito importante armazenar o produto fora do alcance de crianças e animais. Não se deve usar a embalagem vazia. Não guardar ou aplicar perto de alimentos.