POLÍCIA

Padrasto filmado abusando da enteada de 12 anos é apresentado pela PM, em Aparecida de Goiânia

Edson de Souza Pereira, 61, está atrás das grades depois que a Polícia Militar de…

Edson de Souza Pereira, 61, está atrás das grades depois que a Polícia Militar de Ipameri, a 198 quilômetros de Goiânia, conseguiu encontra-lo escondido em uma chácara, na manhã dessa quinta-feira (15).

Para encontrar o acusado, policiais tiveram que percorrer mais de sete quilômetros a pé, embrenhados em mata. O homem foi flagrado em vídeo durante abusando da enteada. A suspeita da mãe da menina, que conseguiu gravar o vídeo, é de que ele praticava as violências há mais de dois anos.

A ordem de prender preventivamente foi dada pela juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, de Aparecida de Goiânia, ainda na tarde da quarta-feira (14). Na terça-feira,durante a tarde, a mãe procurou a 4º Delegacia de Polícia (DP) de Aparecida de Goiânia, no setor Garavelo.

“Uma equipe grande de policiais foi deslocada para a missão de cumprir o mandado contra o autor. Nós recebemos a informação através do Serviço de Inteligência da Polícia Militar de que ele estaria em uma região de chácaras há 30 quilômetros do centro de Ipameri”, disse o major Rogério Virgílio de Rezende Tomé, que comandou a captura. O policial revela que a equipe teve de andar a pé durante mais de sete quilômetros, para chegar onde estava o autor dos crimes. “Ele iria fugir ainda hoje. Não quis dar declarações quando foi preso.”

À delegada Ilda Helbingen, a mãe disse em depoimento que a menina apresentava, nos últimos meses, um comportamento estranho, mas não queria dizer o que era. “A mãe disse que a menina passou a seguir os passos dela dentro de casa. Em todo lugar que andava, a menina ia atrás, era como se evitasse ficar só, ou tivesse medo de ficar com o padrasto”, conta a delegada.

Em entrevista ao portal Mais Goiás, a mãe da menina de 12 anos disse que usou um smartphone para gravar o suspeito. Ela respondeu que nunca desconfiaria do marido, com quem vivia há seis anos. Em uma batedeira, em cima da geladeira, a mãe colocou o aparelho que gravaria os abusos contra a própria filha. “Quando vi as imagens eu fiquei impressionada, nervosa e xinguei demais ele.” Ela disse que antes, passou os vídeos para a vizinha, amiga da família, para garantir que ele não iria destruir as provas.

DESTRUIÇÃO
A tentativa de Edson destruir as provas já era percebida pela mãe, que encaminhou os vídeos dos estupros para uma vizinha. Edson não sabia disso e, quando a mãe da menina disse a ele ter conhecimento de todo o fato, o homem, além de destruir o próprio celular na frente dela, furtou o celular da companheira. Ele acreditava ser o único aparelho a ter as evidências. Nesse momento ele fugiu, contou a mãe.

O vídeo acabou indo parar nas redes sociais, o que ocasionou um transtorno grave para a jovem. “Ela não quer ir à escola porque todos os coleguinhas viram o rosto dela no vídeo. Agora vamos ver como fazer para que ela tenha uma ajuda psicológica e saiba como licar com a situação”, disse a mãe.

Por se tratar de caso que envolve menor vítima de crime, a justiça decretou o sigilo das investigações.