Operação Redenção

PC fecha clínica clandestina e prende proprietário por cárcere privado em Bom Jesus de Goiás

Uma clínica clandestina voltada ao tratamento de dependentes químicos foi fechada nesta quinta-feira (6), em…

Uma clínica clandestina voltada ao tratamento de dependentes químicos foi fechada nesta quinta-feira (6), em Bom Jesus de Goiás, após a prisão do proprietário, Romildo Geraldo da Silva (30), o qual é investigado por promover cárcere privado de internos com ajuda de um dos pacientes, considerado “de confiança”, responsável por manter as chaves. No momento da chegada da Polícia Civil (PC) quatro pessoas estavam internadas, duas das quais lacradas em um quarto. Com o encerramento das atividades, familiares foram convocados a buscarem seus parentes.

Segundo o titular da delegacia da cidade, Rogério Moreira da Silva, O homem confessou trancafiar pacientes “alterados” para a segurança deles e dos demais presentes. Além disso, Romildo – apesar de não ter alvará para funcionamento – afirmou receber mensalidades de um salário mínimo, em média, para realizar os tratamentos. No entanto, Rogério explica que quando a internação é involuntária, alguns procedimentos legais devem ser obedecidos.

“Acontece em duas situações: quando um juiz determina ou quando a família leva a pessoa, alterada, à clínica. Neste segundo caso, a unidade precisa informar o Ministério Público (MP) sobre a internação em até 72h. Esta clínica não fazia nem de uma forma nem de outra, ou seja, era clandestina”.

De acordo com o delegado, ainda não se sabe se familiares tinham conhecimento sobre a precariedade do atendimento. “Na hora de internarem, não perguntaram se a clínica tinha documentação necessária para funcionar, fizeram pouco caso”. O local também não tinha permissão do Corpo de Bombeiros. Faltavam ainda equipes técnicas especializadas nesse tipo de atendimento, bem como trabalhadores da saúde, como determina a lei.

O Mais Goiás tentou falar com o Centro Terapêutico Casa de Paulo, mas nenhum dos contatos encontrados foram atendidos.

A operação, batizada de Redenção, foi deflagrada a partir do compartilhamento de informações entre MP e PC. Com os dados, a corporação representou ao Judiciário por mandados de busca e apreensão domiciliar, que também foram cumpridos nesta quinta.