JUSTIÇA

PM acusado de tentar matar PRF em briga de trânsito vai a júri popular, em Goiânia

O policial militar Antônio de Souza Júnior, acusado de tentar matar um policial rodoviário federal…

PM acusado de tentar matar PRF vai a júri popular, em Goiânia
GO 020, local onde aconteceu a tentativa de homicídio (Foto: Divulgação/Governo do Estado)

O policial militar Antônio de Souza Júnior, acusado de tentar matar um policial rodoviário federal e a família dele em uma briga de trânsito, irá a júri popular. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (29), na 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia.

O crime aconteceu em agosto de 2018, na GO 020. De acordo com o processo os dois policiais estavam de folga no dia, cada um em seu carro. O policial rodoviário trafegava com sua esposa e filha pela faixa da esquerda, quando Antônio começou a encostar nele, pedindo passagem.

A vítima concluiu a ultrapassagem de um caminhão, pegou a outra pista e seguiu viagem. Depois disso, em frente ao autódromo de Goiânia, o PM entrou na faixa da direita, fechando a vítima, sacou uma arma e começou a efetuar disparos.

O carro foi atingido três vezes e a vítima acelerou para fugir da agressão. Com receio de que Antônio conseguisse ultrapassar pela direita e atirar novamente, ele freou bruscamente e deu marcha ré no meio da rodovia. Em seguida o acusado desceu de seu carro e continuou atirando no carro da vítima. Os disparos só não atingiram a família da vítima por causa de uma manobra realizada por ela.

O juiz responsável pelo caso, Jesseir Coelho de Alcântara, o laudo da perícia criminal comprova que Antônio tentou matar o policial rodoviário. “[…] embora tenham sido efetuados disparos de arma de fogo na direção das vítimas, sem contudo, atingí-las (tentativa branca), o laudo de exame de perícia criminal de identificação de veículo automotor das vítimas comprova a materialidade delitiva, ao concluir que o veículo foi atingido por três projéteis de arma de fogo, no sentido de fora para dentro do veículo. E, no momento em que o agressor teria efetuado os disparos, encontrava-se na retaguarda do seu alvo”, disse o juiz.

O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa de Antônio para comentar o caso. O espaço está aberto para manifestação.