DEMISSÃO

PM exonera capitão que entregou arma usada na morte de jovem em Aparecida

O crime foi ocorreu em outubro de 2020

Kathleen Lorrane Carvalho
Kathleen Lorrane Carvalho (Foto: Reprodução)

O ex-capitão da Polícia Militar de Goiás Daniel de Oliveira Faria foi demitido após a conclusão de um processo administrativo que apurou seu envolvimento no assassinato de Kathleen Lorrane Carvalho, de 21 anos. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (19), mais de quatro anos após o crime, ocorrido em outubro de 2020, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

De acordo com as investigações, Daniel emprestou a arma funcional à então namorada, Nayara Lopes Palmeira dos Santos, que efetuou os disparos contra a vítima em frente a uma boate no bairro Nossa Senhora de Lourdes. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o policial entrega a pistola à companheira, após ela pedir o armamento.

Em depoimento à polícia, o ex-capitão alegou que emprestou a arma porque Nayara teria afirmado que a vítima estava armada com uma faca, versão que, segundo a investigação, não foi confirmada. As imagens obtidas pela Polícia Civil contradizem a narrativa e mostram a entrega voluntária da arma.

Kathleen morreu ainda no local. Após o crime, Nayara deixou a cena acompanhada do então namorado. À época, a Polícia Militar informou que tomou conhecimento do caso e determinou, por meio da Corregedoria, a instauração de procedimento para apurar as circunstâncias envolvendo a conduta do oficial.

Relembre o caso

Nayara Lopes e Kathleen Lorrane haviam morado juntas por cerca de três anos. Nos meses que antecederam o crime, as duas passaram a se desentender com frequência, principalmente por divergências relacionadas a despesas da residência que dividiam. Segundo o delegado responsável pelo caso, as discussões se intensificaram após Kathleen deixar o imóvel com contas pendentes.

O julgamento de Nayara Lopes Palmeira dos Santos está marcado para outubro do próximo ano. O ex-capitão também responde judicialmente pelo caso. Procurada, a defesa de Daniel de Oliveira Faria não foi localizada até a última atualização desta reportagem.

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