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PMs acusados de matar jovem com câncer em Goiânia vão a júri popular

Decisão acolhe demanda do Ministério Público de Goiás

PMs acusados de matar jovem com câncer em Goiânia vão a júri popular
PMs acusados de matar jovem com câncer em Goiânia vão a júri popular (Foto: Reprodução - Arquivo pessoal)

Os policiais militares Wilson Luiz Pereira de Brito Júnior e Bruno Rafael da Silva irão a júri popular por determinação do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). A decisão acolhe demanda do Ministério Público de Goiás (MPGO).

Vale lembrar, os PMs são suspeitos da morte do jovem Chris Wallace da Silva, que tinha 24 anos. A vítima tinha câncer nos ossos e foi espancada pelos militares em uma rua do Residencial Fidélis, em Goiânia, conforme denúncia pelo MP. O crime aconteceu em novembro de 2021.

Mas sobre a decisão atual, a relatora, a desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira – que foi seguida pelos demais integrantes da Terceira Turma Julgadora da Segunda Câmara Criminal do TJ –, entendeu que os acusados assumiram o risco de matar a vítima ao agir com emprego de extrema violência, causando-lhe intenso e desnecessário sofrimento físico. Diante desse entendimento, a Câmara, acolhendo manifestação em segundo grau do procurador Altamir Rodrigues Vieira Júnior, deu provimento ao recurso do MP, determinando o julgamento dos réus pelo júri popular.

Relembre o caso

De acordo com os familiares, o barbeiro Chris Wallace da Silva, de 24 anos, saiu de casa por volta das 19h10 do dia 10 de novembro em direção a uma distribuidora de bebidas, na companhia de um amigo, para comprar um refrigerante. Durante o trajeto, os dois foram abordados e a vítima teria sido espancada por policiais militares.

Após a agressão, o jovem voltou para casa e foi para o banheiro da residência, onde teve crises convulsivas e vomitou sangue. A mãe da vítima acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), que o levou para um hospital. Segundo o relatório médico, Chris Wallace sofreu traumatismo na cabeça por espancamento, além de contusões nos pulmões e abdome.

Por causa dos ferimentos, o jovem precisou ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e morreu seis dias depois.