Caso Jorginho

Polícia apresenta novas provas de que mãe teve participação no assassinato do próprio filho

“A polícia não tem qualquer dúvida de que a Jeannie participou, de forma efetiva, do…

“A polícia não tem qualquer dúvida de que a Jeannie participou, de forma efetiva, do assassinato do próprio filho dela”. Com estas palavras, o delegado Gylson Mariano, assessor de comunicação da Polícia Civil de Goiás, apresentou à imprensa, nesta sexta-feira (23), novos detalhes da investigação sobre o assassinato, de Antônyo Jorge Ferrreira da Silva, de nove anos, o Jorginho, morto por asfixia no último dia 19 de maio.

O estoquista Renato de Carvalho Lima, de 20 anos, e a companheira dele, a operadora de caixa Jeannie da Silva Oliveira, de 27 anos, foram presos em flagrante no dia 22 de maio no momento em que tentaram registrar uma ocorrência falsa de sequestro. Naquela ocasião, o casal afirmou que Antônyo havia sido sequestrado por traficantes de drogas, que estariam exigindo R$ 850 pelo resgate. Diante das contradições, os dois receberam voz de prisão, momento em que Renato Carvalho confessou ter matado o garoto enforcado, a pedido da mãe, em uma mata perto da casa em que eles moravam, no Setor Nunes de Morais, em Goiânia.

Uma semana após a prisão, um chaveiro se apresentou na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), e contou que havia sido contratado por Renato, no dia 19 de maio, para abrir a casa onde a criança estava sozinha. Este fato foi usado pela defesa de Jeannie Oliveira, que desde o início afirmava que não tinha qualquer tipo de participação na morte do filho.

“O que as câmeras nos mostraram foi que o Renato chegou na casa no dia 19, no momento em que a companheira dele estava trabalhando, e com a chave que a própria Jeannie havia lhe dado, conseguiu abrir o portão. Quando percebe que estava sem a chave da porta ele sai, e logo depois retorna com um chaveiro. Não resta qualquer dúvida de que ela entregou a chave do portão, mas esqueceu de dar a da porta, daí a necessidade do Renato de buscar um chaveiro para que ele pudesse pegar o garoto,que estava lá dentro, e depois assassiná-lo”, enfatizou Gylson Mariano.

Além desse detalhe, segundo o assessor de comunicação da Polícia Civil, no momento em que o casal foi registrar a falsa ocorrência do sequestro, uma agente revistou Jeannie, e encontrou, na calcinha dela, R$ 425 em dinheiro. “Nós também descobrimos que ela pediu esse adiantamento para o patrão dela alegando que estava sendo ameaçada por traficantes, ou seja, eles já estavam juntando álibis para poder reforçar, na polícia, a falsa informação sobre o sequestro do garoto”, concluiu o delegado.

O inquérito que apura a morte de Jorginho já foi concluído e remetido ao Poder Judiciário. Renato e Jeannie, que estão presos na Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia, foram denunciados pelo Ministério Público, e aguardarão presos pelo julgamento.