Agência de Viagens

Polícia Civil indicia casal por estelionato pelo caso London Tour

A Polícia Civil apresentou à imprensa, na manhã dessa quinta-feira (10), em Goiânia, a conclusão…

A Polícia Civil apresentou à imprensa, na manhã dessa quinta-feira (10), em Goiânia, a conclusão do inquérito do caso da agência de viagens da Lon Tour. O casal Rodrigo Rodrigues e Giovanna Fernandes foi indiciado pelo crime de estelionato e responderá ao processo em liberdade.

Segundo informações prestadas por Webert Leonardo, titular da Delegacia do Consumidor (Decon), o inquérito foi feito com base nas análises dos contratos firmados e nas oitivas de testemunhas, incluindo representantes de empresas parceiras à Lon Tour. Conforme apurado, mesmo sabendo da condição financeira da empresa, o casal estava firmando contrato com novos clientes. “Com as centenas de vítimas que compareceram à delegacia, tivemos a oportunidade de formalizar as denúncias e chegamos a conclusão de que o casal Rodrigo e Giovanna, mesmo ciente da saúde da empresa, que estava caótica, estava celebrando novos contratos, desviando os pagamentos para outras empresas”, declarou.

De acordo com o delegado, a London Tour possibilitou o embarque de pessoas para a Europa mesmo sabendo que não teriam como garantir o retorno. “Assim, constatamos a má fé nesses detalhes”, apontou.

O valor do prejuízo causado pela empresa chega a R$ 5 milhões, sendo que mais de R$ 3,5 milhões são de pagamentos dos clientes à empresa pelos contratos que não foram realizados e cerca de R$ 1,3 milhão é de uma dívida com a parceira N Viagens e de outros clientes que não procuraram a Decon. Além disso, os donos da empresa estavam devendo aluguéis e mensalidades da escola onde os filhos estudam.

Segundo o delegado, o casal quer voltar com a empresa para ressarcir os clientes lesados. Um pedido recuperação judicial já foi requerido. “Vale salientar que os investigados alegam que precisam voltar a trabalhar para tentar pagar cada vítima por seus respectivos prejuízos. A empresa entrou com uma ação de recuperação, mas a sua autorização ainda não teria sido avaliada pelo poder Judiciário” conclui.

*João Paulo Alexandre é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo.