Estupro

Polícia Civil investiga estupro de adolescente de 12 anos, em Novo Gama

A Polícia Civil (PC) investiga o estupro de uma menina de 12 anos, ocorrido em…

A Polícia Civil (PC) investiga o estupro de uma menina de 12 anos, ocorrido em setembro, no município de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a corporação, um homem de 38 anos e outro de 56 anos são os principais suspeitos de terem violentado a jovem. Segundo Fellipe Guerrieri, delegado responsável pelas investigações, o crime ocorreu duas vezes, mas em endereços diferentes e com autores diferentes.

De acordo com a mãe da menina, o crime ocorreu no dia 7 de setembro deste ano quando a filha foi fazer um trabalho de ciências na casa de uma colega com quem estudava. A mulher  autorizou a ida à casa da amiga, de 16 anos, depois de receber várias ligações dela, alegando que o trabalho deveria ser feito naquele dia.

“Mais tarde eu tentei ligar várias vezes para elas [J* e a “amiga”], mas ninguém atendeu. Depois eu recebi uma mensagem da menina dizendo que estava tudo bem, mas que elas ainda não tinham terminado o trabalho e que ela ia trazer minha filha de volta quando acabassem”, conta. A vítima teria chegado em casa por volta das 19h.

A mãe da menina só soube do estupro três dias depois, através de sua irmã e de sua sobrinha.

“Ela [vítima] tinha contado pra minha sobrinha, minha sobrinha contou pra minha irmã e minha irmã contou pra mim. Ela [irmã da mãe] me ligou pra falar que minha filha não tinha ido pra escola e minha sobrinha explicou o que tinha acontecido”, explica.

Como aconteceu

Segundo a mãe, a jovem disse que ao chegar na casa da amiga, ela estava ao telefone com o namorado, de 38 anos. Antes de começarem a fazer o trabalho, o namorado desta amiga chegou no local e elas foram para a casa dele, localizada nas proximidades. Lá chegando, o homem e a amiga começaram a dar bebidas energéticas e alcoólicas para a adolescente.

Depois de um tempo, chegou um homem, de 56 anos, tio da amiga. “Ele olhou pra minha filha e perguntou pra colega dela ‘é essa que você falou?’ e ela fez que sim com a cabeça. Ele levou minha filha para um motel e estuprou ela”, conta.

Segundo a mãe da vítima, o homem é empresário dono de uma loja de calçados da cidade. Ao levar a garota de volta para a casa do namorado da sobrinha, disse para ela não contar nada a ninguém e em troca deu cerca de R$ 50 para a menina. Ele também prometeu dar um celular da marca Apple para ela e alguns calçados se ela prometesse sigilo.

“Quando a minha filha voltou, a amiga levou ela até um dos quartos da casa onde o namorado dela estava. Ela [a amiga] virou pro namorado e falou ‘Você não queria ficar com ela? Pode ficar’ e depois saiu do quarto. Aí ele estuprou ela”, conta.

Investigação

Segundo Fellipe Guerrieri, delegado responsável pelo caso, a amiga da vítima já foi ouvida, mas nega ter participado do crime. Um dos suspeitos já foi identificado pela polícia, mas as investigações ainda não foram concluídas. Os homens ainda não foram localizados pela polícia.

“Ela está, assim, calada. Está bem difícil pra gente, né. Eu tive que mudá-la de escola, não estou indo trabalhar. E pra mim, eles [Polícia Civil] não estão fazendo nada. Eu estou bem descrente sobre pegarem eles [suspeitos]”, disse a mãe da vítima.

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo