Operação Líquido Dourado

Polícia Civil prende 12 suspeitos de furto e comércio ilegal de combustíveis

Doze pessoas suspeitas de pertencer a uma quadrilha que furta e comercializa combustíveis de forma…

Doze pessoas suspeitas de pertencer a uma quadrilha que furta e comercializa combustíveis de forma ilegal em Goiás foram presas preventivamente nesta quarta-feira (10), durante uma operação desenvolvida em conjunto pelas Polícias Civil, e Rodoviária Federal. O líder da organização criminosa, segundo a polícia, é o empresário José Leonardo, que é dono de três postos de combustíveis em Goiás, e que também foi preso durante a operação.

Foi após receber informações da PRF que 51 ocorrências de roubo de carretas carregadas com combustíveis tinham várias semelhanças, que a Delegacia Estadual de Combate aos Roubos de Cargas (Decar) começou a investigar os casos. “Após um trabalho que começou no final do ano passado, onde prendemos 15 pessoas, nós descobrimos que em quase todos os casos de supostos roubos ocorridos em Goiás, os motoristas eram quem estavam repassando o combustível para receptadores, e posteriormente registravam ocorrência como se tivessem sido abordados por ladrões. Por cada carga desviada, avaliada em R$ 250 mil, cada motorista recebia entre 10 mil, e 15 mil Reais”, relatou o titular da Decar, delegado Alexandre Bruno.

O chefe da quadrilha, ainda segundo o delegado, é José Leonardo, que tem postos de combustíveis em Caçu, Caldas Novas, e em Senador Canedo. A esposa dele Nara Cândida, e o enteado Augusto Godoi, que é dono de um posto em Caldas Novas, também foram presos. “Além de encomendar os roubos para abastecer os postos da família, os três também revendiam o combustível que sobrava para outros receptadores, o que deve culminar, em uma próxima etapa da operação, com a prisão de outros empresários”, alertou o titular da Decar.

Durante a operação, a polícia prendeu também um eletricista que desenvolveu um sistema para furtar combustíveis dos caminhões sem que seja necessário romper o lacre de segurança. O equipamento foi apreendido, e será encaminhado para a perícia.

Os doze presos nesta quarta-feira responderão por furto mediante fraude, receptação, organização criminosa, e estocagem irregular de combustíveis. Um outro investigado, Rodrigo Rezende, também teve sua prisão preventiva decretada, mas encontra-se foragido.