Falso atentado

Polícia indicia perita criminal que teria forjado um atentado contra a própria vida, em Caldas Novas(GO)

A perita criminal Káthia Mendes Magalhães foi indiciada por falsidade ideológica, peculato e porte ilegal…

Polícia indicia perita criminal que teria forjado um atentado contra a própria vida, em Caldas Novas
Foto: Reprodução - SPTC-GO

A perita criminal Káthia Mendes Magalhães foi indiciada por falsidade ideológica, peculato e porte ilegal de arma de fogo pela Polícia Civil (PC), em Caldas Novas. A corporação anunciou nesta segunda-feira (18) que concluiu o inquérito que investigou o suposto atentado sofrido por Káthia no dia 10 de março de 2022.

De acordo com a PC, a suspeita de que a perita havia forjado o atentado se confirmou. Ela, que era chefe do Posto da Polícia Técnico-Científica de Caldas Novas, já havia sido afastada das funções pela justiça, que também determinou a quebra de sigilo telefônico.

Além de Káthia, a polícia também indiciou o servidor público municipal Douglas Souza de Oliveira. Foi ele que efetuou os disparos e é apontado pela corporação como comparsa da suspeita. Ele deve responder pelos crimes de tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Entenda o caso

O suposto falso atentado contra Káthia aconteceu no dia 10 de março, na Rodovia GO-213. A versão inicial que a perita apresentou era de que teria sido “fechada” por uma motocicleta, quando estava transitando pela rodovia. O passageiro da moto, segundo ela, teria descido, se aproximado e efetuado três disparos de arma de fogo, sendo que um tiro a atingiu de raspão na região do ombro.

Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que, na verdade, a versão era inverídica, pois teria sido Káthia que planejou o atentado contra sua vida e que este teria sido executado em parceria com Douglas. A intenção era obter transferência de lotação e progressão na carreira. A perita criminal confessou o propósito para a Polícia Civil.

Para executar o plano, utilizou-se um revólver calibre 32, que estava no Posto da Polícia Técnico-Científica para realização de perícia, e foi retirado do local por Káthia e entregue a Douglas. A arma foi devolvida logo após a sua utilização, tendo a perita entregue as chaves do armário ao servidor municipal, que jogou as cápsulas deflagradas, munições de testes e as chaves em um rio.