Polícia investiga hangar suspeito de manutenção clandestina de aviões no aeródromo de Goiânia
Local já foi alvo de mandado de busca e apreensão no passado
A Polícia Civil investiga um hangar suspeito de manutenção clandestina de aeronaves no aeródromo de Goiânia. A corporação cumpriu diligências, na terça-feira (17), por meio do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, em ação conjunta com a Superintendência de Polícia Técnico-Científica.
Segundo a polícia, o local já foi alvo de mandado de busca e apreensão no passado relacionado a outro caso. À época, a polícia verificou possíveis adulterações em peças de aeronaves e peças sem a devida identificação. A situação gera o comprometimento da aeronavegabilidade dos aviões em razão, sobretudo, da falta de rastreabilidade das referidas peças, podendo ocasionar acidentes aéreos graves.
As peças incluem blocos de motores, estruturas de avião e hélices. Todos sem a devida identificação e com indícios de adulteração, segundo a corporação. Os itens foram apreendidos pela equipe do GAB.
Caso a polícia constate que ocorre a manutenção clandestina dos aviões, o proprietário do local pode responder pelo crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo. A pena pode chegar a cinco anos de prisão. O local é de um grupo familiar, mas há um responsável investigado.
Mandado que deu origem à investigação
Ao Mais Goiás, o delegado Eduardo Gomes Júnior, responsável pelo caso, explica que o mandado de busca foi cumprido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul em junho deste ano. A investigação tinha relação com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, e duas aeronaves foram alvo de apreensão.
“No momento, identificaram as possíveis irregularidades. Naquele momento, verificou-se que a manutenção de aeronaves estava bloqueado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Então, foi instaurado um novo procedimento, que ficou a cargo da Polícia Civil de Goiás”, detalhou.
Então, na terça, ele revela que os peritos realizaram perícia nas peças para verificar se elas possuem ou não “rastreabilidade e aeronavegabilidade”, ou seja, para verificar se estão regulares. “Vamos esperar o laudo e a resposta definitiva da Anac para saber se a manutenção no local é clandestina ou não”, conclui.
