Investigação

Polícia investiga mãe, após vídeo de menino comendo ração de cachorro, em Trindade

A polícia apura se um menino – com apenas dois anos de idade e que…

A polícia apura se um menino – com apenas dois anos de idade e que sofre de deficiência motora – foi exposto a situação vexatória e maus tratos, além de possivelmente ter sido vítima de omissão. A criança aparece em um vídeo comendo ração canina em uma vasilha usada por animais. Debruçada, com o rosto dentro da vasilha, a criança teria sido gravada na casa de uma tia-avó, em Trindade, segundo informações do delegado responsável pela investigação.

“Oh, menino, cê num vai almoçar não?” diz a mulher que está com o celular a mão e faz a gravação enquanto uma segunda voz comenta: “‘Malcon (nome do cachorro que também aparece no vídeo) Filho’!”, fazendo alusão à criança estar se comportando tal qual o cão, que está próximo.

O cachorro da casa é afastado, enquanto as mulheres riem. É possível identificar o ambiente que o vídeo é gravado. Um quintal que tem todo o espaço coberto por cimento pintado de cor verde, com uma caixa d’água suspensa por estrutura em alvenaria. As imagens revelam que há brinquedos espalhados pelo quintal, cordões de varal com roupas expostas para secar, uma parte superior de um filtro de barro e uma árvore.

“Estamos apurando toda a situação e já iniciamos as oitivas. Esse caso se tornou prioridade em nossa delegacia. Se comprovada a situação, autoras devem responder por omissão, constrangimento por exposição vexatória, maus tratos à criança. Apuramos se a mãe estava próxima, ou foi quem filmou. A informação inicial é de que a imagem teria sido gravada na casa de uma tia da mãe do menino, e depois teriam encaminhado a imagem para um grupo de Whats App da família”, disse o delegado Vicente Gravina, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Trindade.

A avó paterna da criança teria sido responsável pela denúncia que moveu a polícia a iniciar a investigação. Segundo informou à autoridade policial, a mulher assistia televisão na própria casa, quando teria recebido uma mensagem da tia materna da mãe do menino. “Vem fazer almoço pra mim, vó. Estou tendo que improvisar um lanchinho”, disse a avó paterna no depoimento à polícia.

Ninguém está preso até o momento, pela falta de situação em flagrante, segundo o delegado. A polícia vai concluir o inquérito e encaminhar ao poder Judiciário para que possa ser instaurado um processo criminal.

O Mais Goiás não conseguiu contato da mãe e tia-avó materna do menino.