ALIMENTAÇÃO

Preço da cesta básica em Goiânia tem redução de R$ 19 em abril; economista analisa

O Procon Goiânia divulgou nesta segunda-feira (26) uma pesquisa que mostra uma queda de 3,80%…

Estado publica lei que reduz imposto sobre arroz e feijão em Goiás - governo
Economista afirma que pesquisa do Procon analisou preço de produtos que não compõem a cesta. (Foto: Reprodução)

O Procon Goiânia divulgou nesta segunda-feira (26) uma pesquisa que mostra uma queda de 3,80% no valor da cesta básica na capital, o que equivale a R$ 19,96. Entretanto, o economista Bruno Fleury avalia que essa redução é pequena diante de sucessivos aumentos, não só na alimentação

“A inflação está em alta. A cesta básica é importante, mas não é o único componente do cálculo da inflação. Por isso o Banco Central resolveu aumentar a taxa de juros para tentar frear o aumento de preços”, avalia Fleury.

De acordo com o economista, o governo brasileiro está diante de uma encruzilhada, principalmente diante da alta taxa de desemprego. “Isso significa muita gente sem renda para consumir. O governo injetou dinheiro nas famílias e nas empresas para diminuir a dificuldade das pessoas. Isso aumentou o consumo e, consequentemente, os preços. Vai fazer isso de novo, mas, agora com os preços em alta, o consumo não deve pressionar os preços”, avalia.

O presidente do Procon em Goiânia, Gustavo Cruvinel, afirma que o consumidor tem razão de reclamar da alta dos preços dos produtos. “Os alimentos estão caros devido ao impacto da inflação, o aumento do dólar, o desemprego e os efeitos da pandemia “, aponta.

O órgão municipal constatou que o arroz, óleo e café foram os itens responsáveis por essa redução.

Método

A pesquisa do Procon Goiânia se baseia na metodologia do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (DIEESE), que define 13 alimentos que compõem a cesta básica, como: carne, leite, feijão, farinha, arroz, batata, tomate, pão, café, banana,  açúcar, óleo e manteiga. 

Para chegar ao valor da cesta básica, o órgão calcula uma média de preços coletados em supermercados. Depois divide-se o custo da cesta básica pelo valor do salário mínimo, que resulta no valor final.