Preso chefe de grupo que sequestrou e torturou motorista que contraiu dívida com agiota
Suspeito teria atuado junto com o filho, que também teve a prisão preventiva decretada, mas está foragido
Um homem foi preso preventivamente pela Polícia Civil acusado de, junto com um filho, e mais um comparsa, sequestrar e torturar um motorista de aplicativo que deve dinheiro para um agiota. Mesmo após terem recebido parte do valor devido durante uma sessão de tortura, o trio roubou o carro do motorista, e continuou a extorqui-lo.
A polícia tomou conhecimento do sequestro seguido de tortura no último dia 16, quando a vítima, assim que foi liberada, procurou a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) para denunciar o crime. Em depoimento, o motorista contou que foi sequestrado no Setor Aeroporto, e, levado para um galpão, acabou sendo torturado com choques e afogamentos, que só pararam depois que ele transferiu R$ 7 mil, via PIX, para a conta de um dos três homens que o abordaram.
Mesmo após esta transferência, o trio ainda roubou o carro da vítima, veículo este, que ele usava para trabalhar. O veículo, relataram os sequestradores, só seria devolvido depois que o motorista repassasse a eles mais R$ 6 mil.
Atendendo solicitação do delegado Samuel Moura, chefe do Grupo Antissequestro (GAS), da Deic, a justiça decretou a prisão preventiva dos três acusados, que não tiveram nomes, nem idades divulgados. Dois deles são pai e filho, e o terceiro, amigo da família. Apesar de terem realizado várias buscas, os agentes conseguiram localizar somente um deles, que segue preso.
O carro levado do motorista, modelo Toyota Etios, foi encontrado abandonado, na manhã desta quinta-feira (29), no Setor Village Veneza, em Goiânia. Os três investigados responderão por associação criminosa, agiotagem, e extorsão com restrição de liberdade, delitos que, somados, tem pena que pode passar de 15 anos de reclusão.