Preso traficante mais procurado de Aparecida de Goiânia

Apontado pela polícia como o traficante mais perigoso de Aparecida de Goiânia, Heully Rios Santos de 30 anos, o “Costelinha”, foi preso na noite de quinta-feira (05/04) na residência de uma irmã dele no Jardim Ipanema. Além do tráfico, Costelinha tem participação confirmada em nove assassinatos, e seria suspeito de outros 12 homicídios ocorridos desde 2014 naquela localidade.

Foi após trocarem informações que policiais civis, militares e agentes da Guarda Civil de Aparecida de Goiânia descobriram que Heully Santos, além de vender drogas, estava executando rivais. No final do último mês de janeiro, o Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia concluiu e remeteu ao Poder Judiciário nove inquéritos de assassinatos atribuídos a ele.

Com nove mandados de prisão decretados no final do último mês de janeiro, o traficante vinha sendo procurado desde a semana passada por policiais civis, guardas municipais e também por militares do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), Batalhão de Operações Especiais (Bope), e da Companhia de Policiamento Especializado – CPE.

Na noite de terça-feira (02/02), Costelinha fugiu de uma abordagem no Residencial Fidélis batendo o Honda Civic que dirigia em uma viatura e atirando contra policiais do Grupo de Repressão aos Narcóticos (Genarc) de Aparecida de Goiânia. Quando foi cercado na noite de ontem, porém, ele não teve como reagir, e acabou flagrado com uma pistola calibre 380 e duas granadas, sendo uma de luz e som e outra de gás lacrimogênio.

Os policiais apreenderam ainda outros dois revólveres, munições, uma espingarda, dois coletes balísticos, 24 relógios, 36 aparelhos de telefone celular, três algemas, dois rádios comunicadores, uma balança de precisão, um carro e sete porções de pasta base de cocaína que seriam pertencentes à ele.

Além de confirmar os assassinatos, Heully Santos falou para o Delegado João Victor Costa, titular do Genarc de Aparecida de Goiânia que não estava preocupado por ter sido preso. “Ele não demonstra qualquer tipo de arrependimento, e falou na minha frente que vai continuará traficando drogas de dentro do presídio”, relatou.

Um dos crimes praticados por Costelinha que mais chamou a atenção ocorreu em novembro de 2014, quando ele atirou em Jonas Wayne Sales Cachoeira, de 23 anos, que é filho do Sargento Cachoeira, comandante da Guarda Civil Metropolitana de Aparecida de Goiânia, e atingiu a pequena Maria Luiza Sales, de dois anos. A criança, neta do sargento Cachoeira, morreu na hora, e Jonas Wayne nove dias depois no Hugo.