GOLPE

Procon Goiás interdita a 19ª empresa de assessoria financeira em 2023

Empresa atraiu consumidora com anúncio de venda de veículo, mas vendeu serviço de forma irregular

Fiscais do Procon Goiás interditaram mais uma empresa de assessoria financeira. Desta vez, localizada no centro de Goiânia. A operação ocorreu após denúncia feita por uma consumidora, na terça-feira (12). Esta é a 19ª empresa desse ramo fechada pelo órgão em Goiás somente em 2023.

O golpe é parecido com os outros já registrados. A consumidora foi atraída por um anúncio de venda de veículo no marketplace do Facebook. Ela deu R$ 2 mil de entrada para aquisição de um carro ofertado por pouco mais de R$ 13 mil. A empresa, por sua vez, garantiu o restante do valor seria financiado.

A consumidora recebeu, então, a promessa de que estaria com o veículo em três dias, mas, após o pagamento da suposta entrada, não conseguiu mais contato com o vendedor.

Durante a operação, os fiscais descobriram que o contrato assinado é, na verdade, para prestação de serviço de assessoria financeira. A empresa também conta com diversos registros de atividades diferentes, indo desde a produção alimentícia até construção civil. Além disso, o responsável pelo estabelecimento não apresentou alvará de funcionamento.

Como operava a empresa de assessoria financeira interditada pelo Procon

“Eles têm captado os clientes, mas não dão informações claras e aproveitam da vulnerabilidade de muitas pessoas. Vamos repassar as informações para a Polícia Civil, para que seja feita também uma investigação criminal”, explica o superintendente do Procon Goiás, Levy Rafael Cornélio.

A empresa foi autuada e interditada por crimes contra as relações de consumo, pela falta de clareza nas informações prestadas ao consumidor, por abusividade em cláusulas contratuais e por publicidade enganosa. O prazo para defesa é de 20 dias.

Outros casos

No final de agosto, o Procon interditou três empresas de assessoria financeira de Anápolis. Elas agiam da mesma forma que a fechada em Goiânia: atraíam os consumidores através de anúncios de vendas de imóvel ou veículos em site de marketplace ou pelas redes sociais.

Assim, realizavam os pagamentos achando se tratar de entrada a um financiamento para os bens. No entanto, o consumidor não recebia o bem no período acordado. Ao reclamar, as empresas afirmavam que o contrato assinado não é de financiamento, mas de prestação de serviço de assessoria financeira.