Professor de equitação suspeito de estupro chicoteava nádegas de alunas, diz MPSP

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou um professor de equitação e ex-vereador de Colina (SP) por suspeita de abuso sexual a meninas que participavam de um projeto social dele. Eurípedes Cesar Rodrigues, 59 anos, que foi acusado na terça-feira (19) pelo órgão, nega.

Promotora do caso, Paloma Marques Pereira diz que o professor de equitação chegou a utilizar chicote para bater nas nádegas das vítimas. Ela afirma, ainda, que ele teria amarrado as jovens com um cabresto. A denúncia cita cinco vítimas e pede indenização de R$ 20 mil para cada uma.

A Polícia Civil de SP prendeu o homem em 21 de agosto por suspeita de estupro de vulnerável, assédio, exploração e importunação sexual. Conforme a acusação, ele teria cometido os crimes durante as aulas contra crianças e adolescentes, se aproveitando da condição de professor.

“A iniciativa tem como público-alvo meninas e meninos menores de 18 anos que não possuem condições financeiras para arcar com os custos relacionados à prática da equitação”, relata a promotoria.

A defesa de Eurípedes cita que ele é servidor público há 20 anos e atuava em um projeto social antes da prisão. Advogado do suspeito, Osmar Rissi expõe que a denúncia de estupro de vulnerável é exagerada. “Nos autos, não há um depoimento sequer que diga que ele tenha tocado em alguém.” A tese será tentar demonstrar que o caso se enquadraria, no máximo, em importunação sexual.

“Ele fazia comentários do tipo ‘Você está bonita hoje’, o que não é mais adequado para um homem”, pontuou o advogado ao Metrópoles. “É claro que crimes sexuais são muito sérios e precisam de punição. Mas as pessoas precisam pagar exatamente pelo que cometeram.”