Ovada

Professor preso na Câmara vai passar a noite na Central de Flagrantes

Dois professores foram presos durante uma manifestação na Câmara dos Vereadores nesta terça-feira (25). Um…

Dois professores foram presos durante uma manifestação na Câmara dos Vereadores nesta terça-feira (25). Um deles vai passar a noite na Central de Flagrantes. O outro teve a fiança determinada em R$ 500,00. Ambos já passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A manifestação era contra o projeto de reforma do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM), de autoria do prefeito Iris Rezende.

Segundo o advogado que representa os professores, Hugo Escher, eles foram presos por desacato à autoridade e resistência à prisão, mas um deles tem o agravante de acusação de agressão a um policial militar. Por isso, esse vai passar a noite na prisão e na quarta-feira (26) enfrentará uma audiência de custódia. Quanto a fiança do outro detido, Escher ressalta a possibilidade de não ocorrer pagamento, já que o servidor municipal estava paralisado e, por isso, teve corte nos salário.

O vídeo abaixo mostra o momento exato em que o educador é imobilizado por um policial militar. O advogado explica que, neste momento, ele teria tentado se desvencilhar e possivelmente provocado algum arranhão no braço do policial. “São vários os absurdos que nós vemos por aqui”, explica Escher. Assista:

A assessoria de imprensa da PM informou ao Mais Goiás que “os policiais agiram dentro da legalidade, qualquer possível desvio de conduta seria apurado. Mas não houve nenhum tipo de denúncia nesse sentido”.

Os suspeitos teriam atirado ovos contra o placar de votação, o que deu início à confusão na manhã desta terça-feira. Confira no vídeo abaixo:

Projeto

O projeto foi aprovado em segunda votação, com 18 votos a favor e um contra. O presidente da Câmara, Andrey Azeredo (MDB), encerrou a votação e, em seguida, vereadores que se opõem à proposta reclamaram que não puderam votar e chegaram a pedir anulação da sessão e do pleito.

A primeira votação ocorreu no dia 6 de setembro. No dia 19 do mesmo mês, 24 emendas foram aprovadas pela Comissão do Trabalho. Uma delas, assinada por dezoito parlamentares, mantém em 11% a alíquota de contribuição dos servidores para o IPSM. Pela proposta original, esse índice iria a 14%.

Os vereadores também decidiram suprimir o artigo 62, que poderia congelar o valor das aposentadorias e o inciso VIII do artigo 122, que poderia dificultar a obtenção de pensões por viúvas e viúvos.

Um ponto polêmico do projeto de reestruturação é a doação de áreas públicas para o IPSM. Foram identificadas pelo menos duas áreas que já não pertencem à Prefeitura, embora estejam sendo oferecidas pelo Executivo.