PROCESSO

Professora acusada de atropelar árbitro é solta e irá para clínica psiquiátrica

Elaine Chagas Cardoso foi solta nesta quarta-feira (23)

Professora acusada de atropelar árbitro é solta e irá para clínica psiquiátrica em Senador Canedo
Professora acusada de atropelar árbitro é solta e irá para clínica psiquiátrica em Senador Canedo

A professora Elaine Chagas Cardoso, de 45 anos, acusada de atropelar e matar o árbitro de futebol Edvaldo Marinho, foi solta em Senador Canedo, na quarta-feira (24). No dia do crime, a mulher foi flagrada segurando garrafas de cerveja depois do acidente. A defesa disse que a docente deve se internar em uma clínica psiquiátrica para continuar um tratamento.

Ao justificar a soltura, a Justiça informou que Elaine nunca foi condenada por outro crime, tem endereço fixo, profissão e sofre de transtornos depressivos graves. A filha do árbitro, Elisabeth Catanhede, lamentou a decisão.

“É um sentimento de impunidade, de tristeza. Foi pior que ter matado um animal. A medida que determinou a soltura diz que ela tem que ficar em casa depois das 21h, mas ela matou meu pai às 13h. Isso não vai impedir que ela faça isso com mais alguém”, disse Elisabeth.

Segundo a defesa de Elaine, representada pelo advogado Benedito Evaristo Cintra Júnior, na época do acidente a acusada estava internada em uma clínica para tratamento psicológico e tomando medicação. O defensor afirmou que a professora vai para uma outra clínica para ficar internada.

Ainda não há uma data marcada para a audiência que vai definir se Elaine Chagas Cardoso será julgada por um júri popular. O processo segue em andamento.

Acidente

O acidente ocorreu no dia 9 de julho, quando a professora invadiu a contramão e bateu de frente contra a motocicleta de Edivaldo na GO-403, em Senador Canedo. Conforme a pasta, Elaine continuou bebendo no local mesmo depois do acidente que tirou a vida do árbitro.

Elaine disse à polícia que estava indo passar o final de semana com o namorado após conseguir uma liberação da clínica psiquiátrica onde estava internada. Segundo a corporação, a professora tinha que voltar para a clínica no domingo à noite.

De acordo com o processo, o teste do bafômetro da acusada apontou embriaguez com resultado de 0,79 miligramas por litro de ar expelido.