Tráfico

Quadrilha reponsável pela morte de cerca 50 pessoas é apresentada em Aparecida de Goiânia

As Polícias Civil e Militar apresentaram na manhã desta segunda-feira detalhes da investigação que culminou,…

As Polícias Civil e Militar apresentaram na manhã desta segunda-feira detalhes da investigação que culminou, na madrugada de ontem (29/05), com a prisão de 12 suspeitos de assassinatos em Aparecida de Goiânia. O grupo, segundo as investigações, seria responsável por pelo menos 10 tentativas de homicídios e 50 assassinatos ocorridos nos últimos quatro anos na região do Jardim Tiradentes.

Os 12 suspeitos de integrar uma das quadrilhas, entre eles uma mulher, foram presos ontem em uma chácara no Jardim Dom Bosco 1 em uma ação que contou com a participação de militares do Batalhão de Operações Especiais, Choque e agentes do Grupo de Investigações de Homicídios. Com os suspeitos, os policiais apreenderam drogas, munições e dois veículos roubados.

Ricardo Freitas de Jesus, Elvis Souza Silva, Ugo Sérgio Sousa Barbosa, Wesley Conde, Jean Paulo e Raphael Rosalino de Jesus foram autuados em flagrante por receptação, tráfico de drogas, associação e porte ilegal de munições. Os outros seis presos foram ouvidos e liberados, mas segundo o delegado Flávio Pereira, adjunto do GIH de Aparecida de Goiânia, terão suas prisões solicitadas ainda hoje.

Guerra entre quadrilhas

De acordo com o delegado, os seis autuados integram a quadrilha de Antônio Gonçalves Nunes, o “Latão”, criminoso que comanda o tráfico de drogas na região, e que atualmente está foragido. O bando dele, que tem pelo menos 16 integrantes já identificados até agora, está, segundo Flávio Pereira, em guerra com a quadrilha de Cristiane de Jesus Silva, que também é considerada foragida, assim como outros cinco integrantes do bando.

“Pelo que apuramos, a guerra é por pontos de vendas de drogas na região do Tiradentes, disputa essa que provocou pelo menos 50 assassinatos desde 2012. Já temos comprovada a participação dos criminosos agora identificados em pelo menos 30 homicídios, sendo que 16 destes inquéritos já estão concluídos”, relatou o delegado.

Durante as investigações, a polícia descobriu que os integrantes do “Bonde do Latão” mantém conversas constantes via telefone com integrantes do Primeiro Comando da Capital, grupo criminoso que comanda presídios em São Paulo. “Flagramos também algumas ligações com criminosos do Rio de Janeiro, relatou o Delegado Flávio Pereira.

Ainda segundo o delegado adjunto do GIH, recenetemente a quadrilha comandada por Marcos Latão matou duas pessoas e baleou outra na noite do último dia 15 no Jardim Tiradentes, e no dia 22 executou também um integrante do bando que teria sido eliminado por suspeita de estar migrando para a quadrilha comandada por Cristiane.

No momento em que os suspeitos foram abordados na chácara no Jardim Dom Bosco, alguns deles, segundo a polícia, já se preparavam para sair em duas motos e executar outro rival.