"ESQUECIMENTO"

Rede privada de saúde diz que foi “esquecida” da vacinação em Goiás

Apesar de compor o grupo prioritário de vacinação contra Covid-19, profissionais da saúde da rede…

Após casos de fura-fila envolvendo o ex-secretário de saúde, Pires do Rio passou a divulgar os dados sobre vacinação contra covid. (Foto: Jucimar de Sousa)
Após casos de fura-fila envolvendo o ex-secretário de saúde, Pires do Rio passou a divulgar os dados sobre vacinação contra covid. (Foto: Jucimar de Sousa)

Apesar de compor o grupo prioritário de vacinação contra Covid-19, profissionais da saúde da rede privada que atuam na linha de frente no combate à doença não estão sendo vacinados. A denúncia é da Federação de Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Goiás (Fehoesg), que cobra por mais transparência no processo de imunização no estado. Reclamação ocorre no mesmo período em que cidades goianas dão “jeitinho” de vacinar pessoas fora do grupo de risco.

Em entrevista ao Mais Goiás, a presidente da Fehoesg, Christiane do Valle, afirmou que, ao contrário do que as secretarias de saúde estadual e municipais estão divulgando, nem todos os profissionais da linha de frente da Covid-19 estão sendo vacinados. “Ocorre que alguns trabalhadores da rede pública estão sendo vacinados, mas a rede privada foi simplesmente esquecida. A rede particular é suplementar à pública e também corre risco todos os dias”, comentou.

Christiane ressalta que a categoria já estava ciente de que as doses enviadas a Goiás (183 mil) não seriam suficientes para imunizar todos os profissionais. No entanto, ela afirma que a classe esperava mais respeito e transparência.

“O cronograma é muito amplo e diz que profissionais de saúde serão vacinados na primeira etapa, mas qual tem sido o critério? Recebemos informações de pessoas que estão em home office ou que não estão na linha de frente e foram imunizadas”, criticou.

Atuação laboratorial

Ainda de acordo com a presidente da Federação, profissionais que fazem trabalho laboratorial também foram esquecidos. “São pessoas que estão muito expostas ao vírus. Quando pacientes contaminados precisam de tomografia ou qualquer outro exame do gênero vão para clínica de imagem. Isso também é linha de frente”.

À reportagem, Christiane informou que enviou ofício cobrando mais transparência da Secretaria do Estado da Saúde (SES) e Secretarias Municipais (SMSs). Segundo ela, a Federação pede que o cronograma de vacinação tenha os nomes das subáreas relacionadas à área da saúde. O objetivo é dar respaldo e maior segurança à categoria.

“É preciso ter critério e lembrar que a rede privada também integra o grupo de risco. Não dá para as secretarias falarem que vão vacinar UTI e enfermaria que trata Covid, mas vacinarem outras unidades que não compõem o grupo prioritário.

O Mais Goiás entrou em contato com a SES e SMS de Goiânia em busca de posicionamento e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.