Educação

Reitores pro tempore da UFJ e UFCAT serão nomeados quinta-feira, em Brasília

O Ministério da Educação (MEC) marcou para quinta-feira (12) a nomeação e posse dos reitores…

Deputado tenta suspender MP que permite nomeação de dirigentes de universidades e IFs
Campus da Regional da UFG em Jataí. (Foto: Reprodução/UFG)

O Ministério da Educação (MEC) marcou para quinta-feira (12) a nomeação e posse dos reitores pro tempore das Universidades Federais de Catalão e de Jataí, Roselma Lucchese e Américo Nunes da Silveira Neto. Ambos foram exonerados dos cargos de diretores de regional e serão os responsáveis pelo processo de emancipação das novas instituições.

Os reitores temporários serão responsáveis por elaborar uma proposta de estatuto. Eles também devem montar uma equipe para gerir as instituições e estabelecer as condições para a escolha dos reitores definitivos.

De acordo com o Coordenador de Assuntos Institucionais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Tasso Leite, o processo de transição já está bastante adiantado. “O estatuto da UFG foi pensado para dar muita autonomia para as regionais. Isso permitiu a cada uma delas montar uma estrutura própria, que se assemelha bastante à estrutura de uma universidade”.

Apesar disso, ainda não há previsão para que as universidades sejam totalmente independentes. “Mesmo com a nomeação, a UFG ainda é tutora da UFJ e da UFCAT”, disse Tasso. “Essa tutela vem para ajudar no processo. O orçamento delas, apesar de vir separado, ainda cai na conta da UFG. É preciso que eles tenham um CNPJ próprio, que criem um sistema de gestão de pessoas, por exemplo. Tudo isso ainda está sob nossa responsabilidade”, ressaltou.

Nomeação e emancipação

A Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e a Universidade Federal de Jataí (UFJ) foram criadas em março de 2018, mas apenas agora os reitores pro tempore foram nomeados. A emancipação das regionais é uma demanda antiga das comunidades acadêmicas.

A nomeação de Roselma e Américo foi considerada uma vitória pela UFG. Ambos foram escolhidos através de eleições que envolveram professores, trabalhadores técnico-administrativos e estudantes das cidades.

Essa postura contraria recentes nomeações feitas pelo Governo Federal. De acordo com levantamento feito pelo portal G1, Jair Bolsonaro optou por não seguir a vontade da comunidade acadêmica na hora de nomear o novo reitor ou reitora de universidades federais em 6 das 12 oportunidades que teve.

“Foi uma vitória muito grande”, afirmou Tasso. “Nós trabalhamos muito para que a vontade das comunidades acadêmicas fosse respeitada. O reitor da UFG, Edward Madureira, dialogou bastante com o MEC para que ambos fossem nomeados”.