INCLUSÃO

Rogério Cruz participa da inauguração de escola para alunos surdos, em Goiânia

O prefeito Rogério Cruz participou, na manhã desta segunda-feira (26), da inauguração do primeiro Centro…

Rogério Cruz participa da inauguração de escola para alunos surdos, em Goiânia (Foto: Divulgação)
Rogério Cruz participa da inauguração de escola para alunos surdos, em Goiânia (Foto: Divulgação)

O prefeito Rogério Cruz participou, na manhã desta segunda-feira (26), da inauguração do primeiro Centro Educacional Bilíngue de Surdos de Goiás, com sede na Vila Osvaldo Rosa. A instituição, que já existia há mais de 30 anos como Centro Especial Elysio Campos, tem a missão de atender o aluno surdo em todas as suas necessidades, é mantida pela Associação dos Surdos de Goiânia, em convênio com a Secretaria Estadual de Educação, com parceria da Prefeitura de Goiânia. A solenidade de inauguração marca a celebração do Dia Nacional dos Surdos.

A unidade é preparada com toda a estrutura, metodologia e profissionais para atender a pessoa surda, e segue o currículo com as adequações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que orienta todas as escolas. Durante a solenidade, Rogério Cruz lembrou a importância da parceria entre o governo estadual e a prefeitura, e externou o desejo “de ter em todas as unidades educacionais de responsabilidade da gestão municipal a inclusão”.

“Hoje, mais do que nunca, não podemos deixar com que as nossas crianças deixem de ter acesso aos estudos por falta de oportunidade”, pontou. “A inclusão é sinônimo de sociedade evoluída, e é um caminho sem volta”, sentenciou.

Rogério Cruz ressaltou, ainda, que a gestão municipal já vem trabalhando nesse sentido. “Essa iniciativa, em parceria com o Governo de Goiás, é o primeiro passo, e vamos continuar trabalhando, auxiliando projetos de associações e Organizações Não Governamentais (ONGs) que visem prioritariamente a inclusão de nossas crianças” disse, acrescentando que a intenção da Prefeitura de Goiânia é ampliar ainda mais os trabalhos de inclusão social na capital goiana.

Ao lembrar o tempo de existência da escola, a diretora do agora Centro Educacional Bilíngue de Surdos de Goiás, Alessandra Terra, disse que a luta em prol da população de surdos de Goiânia é muito grande, e a efetivação da escola bilíngue de surdos é “imensa vitória”. “Aqui nós ensinamos aos nossos alunos tudo em libras, que é a primeira língua dos surdos, e a segunda língua que é o português escrito”, explicou.

O centro educacional atualmente atende 55 alunos, mas tem capacidade para atender mais de 100. Conforme explicou Alessandra Matos, no período matutino os alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio são atendidos em suas séries, com todos os conteúdos que todas as escolas oferecem. No período vespertino, os alunos ficam para dois tipos de atendimento.

“O educacional especializado, e alguns projetos voltados para arte, para o esporte, para que ele consiga ter uma educação integral. O objetivo é que o aluno possa se desenvolver em todas as suas potencialidades e áreas”, informou, ressaltando que os profissionais são fluentes em Libras, a Língua de Sinais. “Seja ele professor ouvinte ou professor surdo, porque também é outro diferencial da nossa escola”, frisou.

Com o auxílio de uma intérprete de Libras, o presidente da Associação dos Surdos de Goiânia, Leonardo Rasmussen, fez referência ao Dia Nacional da Pessoa Surda, e lembrou que a celebração da data é extremamente importante, principalmente pela inauguração do Centro Educacional Bilíngue de Surdos de Goiás e facilitação do acesso à unidade, por intermédio da alteração da rota do transporte coletivo.

“A Prefeitura de Goiânia nos atendeu com um ponto de ônibus em frente à nossa escola, e isso auxilia muito na mobilidade dos alunos que a frequentam”, comemorou.

O titular da Secretaria de Municipal de Saúde (SMS), Durval Pedroso, lembrou que no período da pandemia provocada pela Covid-19, mais precisamente durante a vacinação, o acesso das pessoas com deficiência auditiva foi uma das dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde, “mas nós colocamos, através da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas, um tradutor de Libras para atendimento específico e de forma adequada dessas pessoas, e foi um sucesso”, disse.

Estudante do 1º ano do ensino médio do Centro Educacional Bilíngue de Surdos de Goiás, Maria Vitória Silva, de 19 anos, disse, em entrevista em Libras, acompanhada pelo professor Francisco Júnior, estar “muito emocionada com a inauguração da escola”. “Estou verdadeiramente emocionada por esse momento porque sou surda, e a língua de sinais é o meu meio de comunicação e o meio visual para que possa socializar”, afirmou.

Sobre a escola, revelou que é o seu primeiro ano na unidade, e demonstrou interesse em continuar lá. “Essa inauguração é a realização de um sonho para mim e todos os alunos que aqui são atendidos”, sintetizou.